Um pouco de Mario em outras mídias
É claro que, o sucesso do Mario acabaria gerando uma infinidade de aparições em outras mídias, tipo tv, quadrinhos, cinema e onde fosse possível estampar o bigode.
Curiosamente, a maior parte dessas obteve um certo grau de sucesso, ou muito sucesso até. Mas graças a um fracasso de proporções mamutescas, a Grande N ficou bastante traumatizada em se aventurar fora de sua zona de conforto.
The Super Mario Bros. Super Show!
O falecido Capitão Lou Albano fazia o Mario no segmento live action que aparecia antes e depois do desenho do super Mario e era a parte mais legal (e considerando que o desenho era feito pela DIC, do Garfield generico, Heathcliff, Capitão Planeta e o desenho do Sonic, não era de se estranhar a baixa qualidade). Era um pequeno esquete que se passava em nova Iorque (Mario e Luigi seriam nova iorquinos que foram parar no reino dos cogumelos), antes deles irem para o Mushroom Kingdon. Mas isso não impedia de haver alguns elementos muito estranhos acontecendo e com uns convidados fodas, como a Elvira, o Winston de Caça Fantasmas e o Sargento Slaughter.
O programa durou uma temporada e houveram outros dois desenhos com uma ambientação diferente em cada uma delas, pois era inspirado em Super Mario 3 o outro em Mario World. Não era muito legal mesmo na época, exceto por alguma parte musical legal no meio do desenho (tipo aquelas musiquinhas no desenho do Scooby Doo, só que chegou a tocar James Brown uma vez e foi foda) e um extra da dublagem nacional, onde o dublador do Bowser (ainda chamado de Rei Koopa na época) gritava “Esquadrão koopa, atacaarrrrrr” fazendo um tipo de tremida na língua no “r” que era muito característico. Vivíamos gritando esse tipo de coisa no pátio da escola.
Mario in licençamento world.
Definitivamente, o bigode é um dos campeões disso. E já foi ainda mais durante os anos 90. Era impossível para um americano ou japonês andar por uma cidade sem ver o encanador em algum produto.
E era praticamente qualquer coisa. A Nintendo não tinha pudores em licenciar o Mario para qualquer coisa.
E se fosse no Japão de hoje em dia, com certeza haveria um onnahole da Peach.
Super Mario – o filme
E então chegamos ao proverbial elefante branco no meio da sala. Na época parecia uma excelente ideia e que iria render milhões. Um filme do mais famoso game, com um elenco talentoso (na maior parte) e uma grande campanha de marketing. Como poderia dar errado?
De muitas formas. Ó Deus. De muitas formas.
Por onde começar… John Leguizano como Luigi. E sem bigode. Antony Hopkins como Bowser/Koopa. Dados os efeitos especiais da época, mante-lo na forma humana poderia ser uma contenção de despesas (que seria desnecessária se fosse um animatronic como, sei lá, a Familia Dinossauro). O problemas é que os animatronics usados não são exatamente fieis.
O yoshi, beleza, é um dinossauro. Mas parece um velociraptor agressivo ao invés da criaturinha simpática dos jogos. Os goombas, a despeito de sua felicidade, parece terem sido feitos para ser o inverso da sua aparência nos jogos. Ao invés de pequenos fungos com corpos minusculos e cabeças enormes, são sujeitos enormes, com cabeças minúsculas de réptil.
A ambientação é em um mundo paralelo onde os dinossauros nunca foram extintos e evoluíram para humanos e Koopa está concorrendo para presidente, depois de ter transformado o rei em um fungo amarelo que parece uma teia e se espalha por toda parte. E por sinal, a princesa aqui é uma arqueóloga ou algo assim e é a princesa Daisy. Daisy porra!!
Tudo é um desastre. As atuações, mesmo de caras tarimbados como Bob Hoskins e Antony Hopkins são sofríveis. E esses são os melhores do filme. Há uma estranha piada sobre Bowser pedindo uma pizza que nunca se completa. As explicações sobre… bem, qualquer coisa são obviamente um esforço de mentes que nunca viram nada do jogo, exceto a sinopse na caixa do cartucho.
Uma, uma única coisa ficou parecida com o jogo. A sequencia onde aparece um bob-omb. A coisinha está bastante fiel. Mas quando um brinquedo de loja de 1 real pintado de preto é a melhor parte em um filme de um orçamento milionário, algo está errado.