Investigação Amiches – Algumas pessoas reais do Velho Oeste
As lendas não surgem à toa.
O Oeste se tornou um assunto interessante devido as historias que pessoas reais passaram por lá. Não era só uma questão de colocar a filharada numa carroça e ir até o Alabama. Era preciso sobreviver até lá e depois sobreviver lá. Claro, isso gerou uma vasta quantidade de pessoas que ririam, eu digo ririam, dos nossos problemas em ter uma wi-fi estável.
Eles estavam preocupados em não virar comida de urso, ou coiote e nem virar enfeite no cinto de algum indio.
Vamos começar com uma heroina que merecia um filme.
Stagecoach Mary fields
Ela viveu seus primeiros 30 anos como escrava. Depois da libertação, ajudou uma freira doente a abrir uma escola para garotas da tribo PésPretos, e quero dizer, Mary construiu a escola com as mãos.
Aos 52 anos viajava 193 km semanalmente para buscar suprimentos em outra cidade. Certa vez teve um acidente e sua diligencia virou. O acidente foi causado por lobos atacando seus cavalos à noite. Ela matou os lobos, desvirou a diligencia e foi embora.
Ela era tão foda que tinha permissão especial do prefeito pra beber nos saloons (era o século 18 e só prostitutas eram permitidas nos saloons, e mary não era prostituta, mas era uma mulher e negra). Certo dia, um cara que falou besteiras pra ela no bar acabou apanhando com uma rocha. O jornal Great Falls Examiner publicou que Mary era a pessoa que mais tinha quebrado narizes no estado de Montana. Ninguem contestou.
Depois de uma briga que lhe custou o emprego na igreja (ela atirou num cara num duelo), Mary se tornou a primeira pessoa negra a trabalhar para o serviço postal americano. Bastou vencer uma corrida contra um monte de cowboys. Aos 60 anos.
Mary nunca perdeu uma entrega e quando a neve era muito alta pros cavalos, ela colocava a MALA POSTAL NAS COSTAS E IA A PÉ!!
Então lá ia ela, dia apos dia. enfrentando o perigo de indios hostis (ou Sioux que nunca tinham visto uma pessoa negra), bandidos atrás de sua diligencia cheia de cartas e trecos preciosos, carregando sua puta arma enorme, junto com sua mula, Moisés, e sua águia de estimação.
Capitão Jonathan R. Davis
Ele e dois amigos foram emboscados por onze bandidos enquanto procuravam por ouro nas vastidões desoladas das Sierra Nevada, na California. Seus amigos foram feridos e estavam morrendo em poucos segundos e Davis acabou sozinho tendo que encarar os onze fascinoras.
Em cerca de doze segundos, Davis matou sete caras, esvaziando seus dois revolveres. sete caras com doze tiros em menos de trinta segundos. Os quatro restantes, também sem munição, resolveram sacar suas facas para finalizar Davis.
Mas Davis puxou sua faca Bowie, entrou em modo Kratos e esviscerou os sujeitos.
Um grupo de mineradores próximo testemunhou a coisa toda, e depois de verem Davis esfaqueando dois dos bandidos que foram burros o bastante para ficarem vivos, resolveram ajudar. Um dos amigos de Davis ainda chegou a ser levado vivo para uma aldeia proxima mas morreu poucas horas depois. Davis mandou o dinheiro e as joias que ele pegou dos corpos dos criminosos para a familia desse amigo e foi embora, em direção do por do sol para nunca mais ser visto.
“Comedor de Figado” Johnson
John Garrison nasceu na costa leste dos EUA e depois de um desentendimento com seu capitão da marinha resolveu ir pro oeste. Lá mudou seu nome para John “Jonathan” Johnson Johnston John’s Son Tson. É. Isso já deve dar uma ideia de quanto esse sujeito regulava da cabeça. Mas fica melhor.
Lá ele virou um montanhês e devia ser apavorante. Era um ruivo gigante, com uma barba imensa, vestido de peles, com uma faca enorme e um machado tomahawk que ele mesmo fez, e aprendeu a usar com os indios Arapaho. Mesmo assim, conseguiu se casar com uma mulher da tribo Salish e viver em uma cabana que ele mesmo construiu.
Todos o respeitavam e temiam. Mas aparentemente os indios da tribo Crow (Corvo) não liam as mensagens no grupo do Whatsapp e atacaram sua casa e mataram sua esposa grávida quando Johnson estava em uma caça. Eles a escalpelaram e queimaram sua casa.
Johson partiu então em uma missão de vingança que durou 20 anos. E elevou o Vingançometro para niveis que nem mesmo Steven Seagal chegou. Isso porque ele comia os figados dos guerreiros Crow que matava. E aparentemente, foram cerca de 300 deles.
Isso lhe rendeu os simpáticos apelidos de Dapiek Absaroka, Matador de Corvos e claro, Comedor de Figado.
Eventualmente os Crows se desculparam com ele. E Johnson viveu até os 77 anos.
Bass Reeves
Nascido escravo, Reaves pertencia ao coronel confederado George Reeves e durante um jogo de cartas houve uma briga entre os dois que acabou com o coronel sem sentidos no chão. Bass achou que esse era um bom momento para ir embora.
Sua fuga o levou para o Territorio Indio (onde não podia ser apanhado pelas leis do homem branco) e acabou se misturando com a tribo Seminole de Oklahoma.
lá aprendeu a lutar e, sendo ambidestro, podia descarregar chumbo com duas armas ao mesmo tempo, estilo Chow Yun Fat. E era tão foda com um rifle que foi proibido de participar dos torneios de tiro.
Depois da emancipação dos escravos, Bass Reeves se casou e eventualmente foi aceito entre os U.S. Marshals em 1875. Suas qualificações eram óbvias: uma força assassina, habilidade com armas ainda mais assassina, além de falar fluentemente várias linguas indigenas, era um excelente rastreador e conhecia bem o territorio. E veja esse bigode. Em uma época de bigodes fodas, Bass Reeves era lendário.
Como era de se imaginar, os territorios indios eram também o esconderijo favorito de todo tipo de bandido, comanchero, miseravel, pestilento, sarnento, arruaceiro, gato polar.
Em trinta anos de carreira, Bass Reeves fez mais de 3 mil prisões (!!!!), normalmente agindo sozinho. Ele era implacável e incorruptível, tendo prendido o próprio filho quando esse matou a esposa (a nora de Reeves).
Se aposentou em 1907 e nunca foi atingido nenhuma vez por uma bala.
Esses foram só alguns dos cascas grossas que surgiram naquelas terras. Então deixe de se achar foda porque manda ver no League of Legends seu biltre!