Dossiê dos Amiches – Mad Max [parte 1]

MAD MAX - capa

Cara, eu nem acredito que isso vai sair!!!

Sejam bem vindos à primeira parte desse dossiêzaço. Eu prometi em algum podcast (ou hangout) passado e, depois de alguns meses, chegou a hora de começar a falar sobre essa caralha.

Antes de mais nada, eu queria agradecer à srta. Tuane por ter me incentivado à assistir os filmes novos e a dar uma nova chance pros filmes antigos, :).

Bom, vamos lá…. Mad Max é um filme de 1979, dirigido por George Miller, produzido por Byron Kennedy e com trilha sonora assinada por Brian May. Não, não é o Brian May do Queen, :(. O filme traz, salvo engano, o segundo papel de Mel Gibson nas telonas, como o protagonista Max Rockatansky (só Max por favor); Hugh Keays-Byrne como o vilão The Toecutter; Joanne Samuel como Jessie Rockatansky, a mulher de Max e Steve Bisley como o parceiro de Max, o policial Goose (seu nome verdadeiro no filme é Jim Rains).

Porra, eu amo essa imagem!

Porra, eu amo essa imagem!

Toda a história se passa em uma Austrália pós-apocaliptica, em que o mundo basicamente gira em torno de combustível fóssil. Seus habitantes precisam se desdobrar muito para conseguir sobreviver e isso envolve, em partes, pilhar todos os materiais possíveis, desde comida e água (que já são artifícios escassos), até restos de metais e o próprio combustível.

E é nesse mundo que Max está inserido. O sr. Rockatansky é um aclamado policial, que faz de tudo para tentar deixar a Austrália livre dos badernistas (HUUHEUAHEHAU). E quando eu digo aclamado policial, entendam por O policial, visto que ele é tido, basicamente, como o cara que ia salvar todo mundo daquela merda. Que responsa, né?

Pois bem, tudo começa em um nível bem padrão: uma gangue de motoqueiros anda aprontando altas confusões, matando mil e fazendo altas capetagens, sempre sendo liderados por Toecutter. Aí o Max não tem muito mais o que fazer e resolver chutar uns vagabundos e pá… isso é meio que uns 80% do filme, UAEHHAUEHAHUE.

Show de atuação :)

Show de atuação :)

Nesse meio tempo, vemos um profundo descontentamento de Max, que imagina que esse mundo está tão fudido, que nem ele (e nem ninguém) deve conseguir ajustá-lo um pouquinho. Somando isso com um monte de merda que ele tem que aguentar, com a situação ~~quase~~ precária em que todos vivem e com esse ambiente hostil e sem regras e temos um Max descrente, cansado e pouco empolgado em continuar suas atividades como policial.

Só lembrando que Max ainda não está Mad. Saibam que esse filme é lento…. lento demais! E que Miller não teve medo de tirar todo o tempo do mundo pra isso, o que é excelente, já que Max é só mais um infeliz cidadão dessa terra corrompida (isso vai ser abordado excessivamente durante toda essa série de posts).

Sua ruína começa com a incapacitação de Goose, seu atual parceiro na puliça, que ganhou uma passagem só de ida para o hospital após sua moto ter sido sabotada por uns dos capangas de Toecutter, UIEHHUAUHHAUHEAU. A partir daí, Max vê-se como um personagem que não pertence à aquela realidade, solicitando afastamento das forças especiais, só colaborando com os pontos que mencionei um pouco mais acima.

MAD MAX 3

VRUUUUUUM

Afastado de seu trabalho, Max, sua mulher e filho vão para uma viagem, parando aqui e ali pra curtir a VIBE do momento. E eu imagino que nem preciso falar que TUDO vai dar errado, né?!

Resumindo bastante: Eles são sortudos o suficiente para encontrar Toecutter e seus 40 mil brothers por lá…Mas que porram, AUHUAHUEHAUHE. Aí Toecutter tenta molestar a senhora Rockatansky, dá ruim, eles descobrem Max, dá mais ruim, a familia começam a fugir e dá ruim pacaralho.

E é aí, senhoras e senhores, que Max fica Mad. Mas não é qualquer Mad não… é Mad PARA CARALHO, PUTA QUE PARIU! Em uma tentativa de fugir junto com Sprog (filho de Max), Jessie e o boneco são atropelados pela gangue. O placar de Toecutter segue mais ou menos assim: 2 para o time Toecutter contra 0 para o time Max. E o bicho fica sangue no zóio. O barato fica sinistro, mesmo demorando 1 hora e pouco de filme pra acontecer. O resto é resto: Max grita, chora e fica louco, começa a perseguir os badernistas, tem umas alucinação, mata mil. Só aquilo que é de praxe.

Max já não é mais aquele cara que conhecemos durante o começo do filme. E ele nunca será o mesmo. Receio que ninguém nunca mais será a mesma pessoa. Esse mundo, cara…. esse mundo é cruel.

MAD MAX 4

A reação de todos ao ver um novo post no Super Amiches

Terminado o básico do primeiro filme, vamos para as considerações (que não serão poucas):

– Do jeito que eu falei, dá a entender que a história é bem qualquer coisa. O fato é que eu quis abordar da mesma forma que Miller pensou aquele universo. Max é só mais um em meio ao caos. Max, Jessie, Goose ou Toecutter não são os protagonistas dessa história, o universo é. Abordar a trajetória de Max é um mero caso do acaso, a terra sem leis é quem deve brilhar aqui. Isso é fantástico.

– Eu acho incrível a forma que o universo valoriza os veículos, mesmo sofrendo com a falta de combustíveis fósseis.

– Esse filme foi feito, praticamente, de forma independente, com um orçamento baixo e muitos improvisos, como o fato de chamarem Gibson (até então desconhecido) como o protagonista da bagaça. Alguns motociclistas utilizaram suas próprias motos para encurtar os gastos, outras motocas foram doadas e aquele Interceptor V8 foi realmente modificado, não foi só cenográfico. Somente para ilustração: foram gastos, em torno de 400 mil doletas australianas para fazer a parada. O filme rendeu, aproximadamente, 100 FUCKING MILHÕES DE DÓLARES!!!!!!!

MAD MAX 5

– Todo o filme é meio seco, direto demais e sem muitas preocupações de explicar todos os detalhes. Max é um cara que fala pouco e prefere aparecer com suas ações. As demais personagens também, só que em menor escala. Mad Max é um filme bastante quieto. E isso vai aparecer ainda mais na sequência.

– Eu adiantei que Gibson não era famoso. São várias as historias e lendas sobre sua contratação, porém o fato que mais me chama atenção (e que faz um bocado de sentido) é que seus olhos azuis e calmos representariam o completo oposto daquele cenário de destruição, tanto que sempre temos um close em sua cara, sempre valorizando o olhar arregalado/assustado em alguma situação extrema. Pra quê ser um bom ator se você tem olhos azuis? UHUEUHAUHAUHEUAHuhuh

– Mad Max foi um filme que revolucionou os filmes com características pós-apocalípticas. Mesmo saindo no final dos anos 70, continua influenciando as produções até hoje. Seja pela ambientação, estilo de sociedade, cultura ou a forma que a história é contada, Mad Max viu-se bastante adaptado ao longo dos anos. Formidável.

Na madruga boladona :)

Na madruga boladona :)

E creio que seja isso, mil desculpas pelo texto ter ficado tão longo, mas creio que Mad Max mereça! Obrigado mesmo por me acompanharem até aqui.

Aguardem que, logo menos, publico os textos sobre os outros 3 filmes da franquia e vou tentar arrumar algum espaço para obras que estejam fora desse eixo, como quadrinhos, livros e jogos, caso alguma coisa disso exista.

Abraços para todo mundo, :).

Cgui
03/09/2015