Planetes

Ao infinito e além.

 

Desde que foi lançado o Sputnik, temos colocado um monte de tranqueiras em órbita e muitas dessas coisas liberam destroços. Parte disso se queima ao cair na atmosfera, parte vai para as regiões putaquepariusticas do espaço.

A maior parte fica orbitando o planeta e lá vai ficar. Isso é um baita risco para missões espaciais e satélites, já que esses destroços, mesmo muito pequenos se movem a velocidades imensas, então não precisa de muito para transformar um parafuso em uma bala capaz de atravessar metal facilmente.

Há também lixo espacial grande, como velhos satélites ou estágios de foguetes. Sim, o espaço é grande pra caralho, mas já houveram colisões com lixo espacial antes. É um problema que temos agora e cuja tendência é piorar.

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Em  Planetes, situada em um futuro talvez não tão distante, uma profissão necessária mas pouco glamourizada, como de seus equivalentes em terra, é a de lixeiro espacial.

A historia segue três deles, o russo Yuri Mihairokoh, o japonês Hachirota Hoshino e a americana Fee Carmichael. Eles não são aventureiros ou desbravadores (Hoshino quer ser um pioneiro e está juntando dinheiro para comprar uma nave) os demais são apenas trabalhadores. Claro, isso não os impede de parar, admirar a vista e até filosofar um pouco.

É um trampo perigoso, como se pode imaginar. O próprio espaço, os destroços viajando a velocidades apavorantes, sem contar outros problemas físicos da presença prolongada no espaço.

A série trata disso muito bem por exemplo. Há uma infinidade de problemas causados pela permanência no espaço de nossos corpos adaptados à gravidade por uma longa evolução. Osteoporose, atrofia muscular, problemas psicológicos, entre outros .

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Há também alguns problemas sociais, como as famílias dos astronautas, que pouco se vêem, e problemas  políticos como organizações terroristas que acham que a humanidade não deveria estar no espaço. Ou os problemas sociais do mundo na época da história.

Em meio a tudo isso, os três vão vivendo suas vidas, orbitando, se me perdoam o trocadalho, esses acontecimentos até que a historia passa a focar mais em Hoshino e sua obsessão em embarcar na primeira missão até Jupiter. Ele é o que mais se aproxima de um desbravador, embora suas opiniões sobre o assunto acabem soando até de forma rude aos outros e quem mais escute.

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É uma ficção cientifica hard, bastante calcada na física e na verdade poderia quase se passar nos dias de hoje, SE, tivéssemos investimentos o bastante.

O mangá está sendo publicado no Brasil em 4 volumes (está no segundo nas bancas e ainda é fácil achar o primeiro) e tem uma série de anime com 26 episódios.

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