K-on!

Eu realmente não sabia o que esperar.

 

O anime é um slice of life, seguindo a vida das intregrantes do Clube de Musica Leve (keionbu) em um colégio feminino.

Na verdade o clube vai ser encerrado pois todos os membros se formaram e não há nenhum membro novo. Para Ritsu Tainaka é a chance perfeita de entrar em um clube e já ser a presidente. Ela ameaça/convence/intimida sua amiga Mio Akiyama, que preferia o clube de literatura, a entrar junto com ela.

Lá chegando encontram outra garota, Tsumugi Kotobuki, que parece entusiasmada com a idéia. É preciso mais um membro para manter o clube aberto. O anuncio que elas colocam atrai Yui Hasegawa. Ela parece ter uma noção bastante errada do que o Clube de Musica Leve faz. Logo as outras lhe explicam a real e descobrem que Yui não sabe tocar nenhum instrumento, e elas se dispõe a ensinar do zero, caso Yui entre no clube.

Yui pensou que ia encontrar Krauser no clube. Sério.

Yui pensou que ia encontrar Krauser no clube. Sério.

Um diferencial é o quanto que elas passam praticando, quase nada, na maioria do tempo elas ficam tomando chá, comendo doces e conversando. Isso afeta posteriormente a professora responsável, que foge até a sala para descansar.

Na metade da primeira temporada, e após várias tentativas mal sucedidas, elas conseguem mais um membro para o clube, Azusa Nakano, que se torna a segunda guitarrista da banda.

A guitarrista, Yui, vive em extremos. Ela é capaz de ser muito inteligente se focar em um objetivo. Mas, se ela se foca em um assunto ela perde a capacidade de lidar com outros assuntos. Apesar de não conseguir decorar as notas musicais, ela tem o que se chama “perfect picth “, uma audição que lhe permite notar diferenças minúsculas da afinação de instrumentos por exemplo. Ela não é burra, mas muito ingênua e distraída, e absolutamente dependente da irmã mais nova, Ui.

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Ritsu é a baterista e presidente do clube, cargo que cuida com absoluto desleixo. O que se reflete em como se veste também. É sempre a primeira a sugerir uma pausa e frequentemente se joga em alguma situação sem pensar muito. Quando pensa, é em alguma brincadeira, em particular pra cima de sua amiga de infância, Mio. É uma baterista talentosa, mas com a tendência de acelerar o ritmo e grande admiração pelo baterista Keith Moon do The Who.

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Mio é a baixista e vitima frequente das brincadeiras de Ritsu, o que não é muito difícil, visto que é muito tímida e assustadiça. É complexada com sua altura e peso, que considera estarem acima da média. É uma ótima baixista e por ser canhota tem certa dificuldade de encontrar instrumentos. É provavelmente a melhor cantora (ela divide os vocais com Yui, a contragosto pois “o vocalista tem muito destaque” e ela prefere se esconder no fundo do palco) e a principal letrista, embora tenha costume de fazer letras tão açucaradas que dão diabetes.

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Tsumugi, ou apenas Mugi, é a tecladista. Ela é mais quieta e muito observadora. É uma garota rica, e fica tremendamente entusiasmada com as atividades das outras garotas e tem um senso de humor, incomum, digamos. Ela aparentemente teve uma vida extremamente protegida. As vezes sente inveja da relação mais próxima de Yui e Azusa e Ritsu e Mio (que são amigas de infância). É a única com formação clássica de música, no caso, o piano e é capaz de ler e escrever melodias. É muito interessante notar como ela age, as vezes em silencio mas fazendo coisas que surpreendem as outras como arrumando um enorme (e caríssimo) conjunto de chá ou carregando equipamento pesado (como o teclado dela, um Korg de uns 16 kilos, que ele carrega casualmente) sem nem suar.

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A ultima a entrar no clube foi a guitarrista Asuza. Ela ficou entusiasmada com o show da banda (que a propósito se chama Ho-kago Tea Time, Hora do Chá depois da Escola, não foi escolha delas) durante a recepção aos alunos novos. E depois de inscrita, passa a maioria do tempo nervosa com a atitude das outras de ficarem conversando ao invés de praticarem. Aparentemente é a única com pretensões de se tornar profissional e é frequente que ensine Yui, pois já chega ao clube como uma guitarrista muito boa.

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A animação, como é padrão do estúdio, KyoAni é muito boa e como era de se esperar, e houve um grande cuidado com os instrumentos delas, todos marcas reais. A trilha sonora é o destaque. O modo como as aberturas e encerramentos são apresentados é muito criativo. As aberturas, cantadas pela Yui, parecem vídeos feitos por elas, normalmente na escola. Os encerramentos, cantados pela Mio, parecem profissionais, com ares de videoclipe, mais pesadas que as outras musicas e com vários efeitos especiais. E é interessante notar que essas musicas não estão entre as musicas que elas teriam composto, ou seja, elas não aparecem no show em si.

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K-on gerou duas temporadas e um filme, mostrando a viagem do clube (menos Asuza) à Inglaterra. O mangá foi publicado completo no Brasil, incluindo as partes não cobertas pelo anime, com Mio, Yui, Mugi e Ritsu na faculdade e Asuza reconstruindo o clube.

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A tradução da edição brasileira é boa até, mas certamente gerou algum desagrado, como o apelido que Yui dá para Asuza, Azu-miau. No original é Azunyan. Nyan é a forma que os japoneses interpretam o barulho do gato, o brasileiro miau. É um apelido absurdo e total vergonha alheia, e as outras reparam disso. Não é melhor em japonês.

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Como eu disse, eu não esperava nada desse anime e realmente gostei bastante. A direção é bem executada, a comédia é bem feita e engraçada mesmo e as personagens são simpáticas. Foi o bastante para me convencer a acompanhar o estúdio e até agora não tenho encontrado produções ruins. Exceto Free.

Primeira abertura –

https://www.youtube.com/watch?v=gnd1wSIyN-g

Terceiro encerramento

https://www.youtube.com/watch?v=Q4IkgjXboAI

Zweist
01/07/2015