Desejo de Matar

Todos temos isso as vezes.

Tudo começa quando a esposa de Paul Kersey é assassinada num roubo e sua filha violentada até ficar catatônica.  E isso inicia um banho de sangue como o cinema nunca havia visto até então.

Paul Kersey é um pacifista no começo do filme, e depois de uma passada no Arizona, acaba adquirindo um interesse em armas, mas fica claro que ele não é um cara que nunca deu um tiro, pois serviu como médico de combate na guerra da Coreia. E passa a mandar chumbo na bandidada.

É interessante notar algumas coisas, como o fato de que ele nunca encontra os sujeitos que começaram a tragédia, o que não é de se espantar, já que tecnologia forense praticamente inexistia na época. Depois que Kersey começa sua missão, a população fica ao lado dele, e a policia, temendo um aumento no vigilantismo, quer acabar com essa historia.

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Fica claro na série que a policia é ou incompetente ou corrupta, deixando a população à mercê do crime e depende de sujeitos como Paul Kersey para algo ser feito.

E é claro, uma cena de Desejo de Matar 3, que é um clássico indiscutível, a morte do Risadinha:

 

Charles Bronson, não gostava muito desse filme, mas é um dos favoritos da galere.

Como discutir com um cara que teve o seguinte dialogo:

“Você acredita em Jesus? “ “Sim.” “Bem, você vai se encontrar com ele.”

Um lugar comum nos filmes da produtora Cannon era que os bandidos eram punks ou de algum tipo de gangue.

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Desejo de Matar praticamente criou o vigilante urbano, ou talvez o tenha recriado se lembrarmos de personagens como O Sombra.

Não consigo imaginar uma refilmagem desse filme. Um dos melhores aspectos do filme é que Kersey/Charles Bronson era um cara com aparência absolutamente normal, um vovozinho com aparência meio inofensiva. Feito hoje, não sei que ator escalariam, mas um porradeiro tipo o Jason Stahan ou um galãzinho qualquer fariam perder esse efeito. Claro, considerando que os sujeitos que foram considerados para o papel na época eram caras como Clint Eastwood, Steve Mcqueen e Frank Sinatra, quaisquer sujeitos que não fossem Charles Bronson seriam um demérito.

Na época que foi lançado nos EUA, causou uma catarse coletiva semelhante ao lançamento de Tropa de Elite por aqui, o pessoal ficou animado em ver um filme com alguém fazendo alguma coisa sobre o crime. Naturalmente, a critica detestou. Quem também não gostou na época foi o escritor do livro original, já que a ideia no livro é que vigilantismo é ruim e só levava a tragégias. Os filmes, como podem imaginar, tem outro posicionamento.

Um dos antigos campeões de reprises no Domingo Maior e nos Corujões é garantia de muito vigilantismo e bala. Com certeza. Alborga aprovava.

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