Marvel’s Agent Carter – Season Premiere
Uma heroína bad ass com visual meio pin up, ação, humor, drama e sutis referências e selo Marvel. Peggy Carter é diva. Rainha. Deusa. Derrubadora-de-forninhos. Cadê meus óculos? Gente, Juliana está des-mai-a-da. Xama a XILDE!
Senhoras e senhores. Dia 06 do presente mês estreou a nova série da Marvel, “Marvel’s Agent Carter”. Que é tanto um spin-off de Capitão América: Primeiro Vingador, quanto um prequel de “Marvel’s Agentes of S.H.I.E.L.D.” Temos no elenco Hayley Atwell ( Peggy Carter), James D’Arcy ( Edwin jarvis), Lyndsy Fonseca (Angie Martinelli), Enver Gjokaj (Daniel Sousa), Chad Michael Murray ( Jack Thompson), Dominic Cooper ( Howard Stark).
Um ano após o fim da Guerra o mundo tenta se ajeitar. Peggy Carter, agora vive em Nova York, trabalhando como uma das pouquíssimas agentes femininas da Strategic Scientifc Reserve (SSR). O qual na maior parte do tempo é ignorada, ou tratada de forma pejorativa por ser mulher. Aqui vai um ponto positivo. A forma como boa parte dos homens são mostrados como homens dos anos 50. A maioria é de homens brancos, americanos e beirando a misoginia. E isso só torna a personagem ainda mais interessante logo de cara. Ela é melhor que todo o departamento junto, mas e tratada como uma secretária burra. O que instantaneamente cria uma empatia com o personagem.
Peggy está decepcionada com os rumos de sua vida. subestimada no trabalho, ainda de luto pelo Capitão e aparentemente sem rumo. Até que sua divisão recebe a missão de investigar Howard Stark. Alguns projetos do Stark Sr., apareceram no mercado negro, levando o senado e seu comitê a querer a cabeça do gênio, multimilionário, filantropo e playboy. Se mantendo fora do radar das autoridades e indo atrás de suas invenções roubadas, Howard pede pra Peggy servir como sua agente de confiança dentro do governo. Sendo que antes de sumir no mundo, o bigodinho deixa seu fiel mordomo Edwin Jarvis, como contato entre ele e agente Carter. A qual segue as pistas de uma invenção sendo vendida em NY.
A premiere é divida em dois episódios de 40min. Ela muito bem estabelece de forma dinâmica o plot principal da temporada e como as coisas devem seguir. Alternando entre momentos de humor, drama e ação, em nenhum momento a série deixa a peteca cair. Hayley Atwell rouba a cena toda vez que aparece. Os coadjuvantes não deixam a desejar nos seus papéis. Os agentes da SSR são em sua maioria babacas irritantes, exceto pelo Daniel Sousa, que parece ser inteligente e moderado (talvez por perder uma perna na guerra, ele se force a ser útil de outras formas e entender como é ser “desprezado” por não se enquadrar no padrão). E Angie, cumpre seu papel de ponto vista comum. Além de ser a clássica “amiga” que não sabe de nada. E o Jarvis consegue ser o melhor mordomo britânico/ajudante/conselheiro desde que vi Batman Animated Series. A outra também foi muito bem. O clima anos 40/50 consegue se manter sem cair na armadilha do estilo Noir. Lembra muito aquele clima aventuresco dos filmes do Indiana Jones, evitando o dark e sombrio realista, mas nem por isso sendo bobo. Logo no primeiro episódio já tem certos momentos tensos que mostram que a situação não é de brincadeira. Algumas referências ao longo dos episódios. As mais óbvias são Anton Vanko e as empresas Roxxon e Leviathan (que era a versão Russa da Hydra nos quadrinhos) . Essa temporada vai ter 8 episódios, cobrindo dessa forma o hiato de MAOS até março.
De modo geral, eu posso dizer que fui esperando um caça-níquel qualquer com selo Marvel, e me deparei com uma série atraente e diferente da maioria que temos. Divertida e leve, sem ser ingênua ou boba. Essa é uma que realmente pretendo acompanhar.