Leia Esta Merda – Arma X
Bem, amiches, o tempo passa, o tempo voa e a coleção Salvat continua numa boa. E logo logo aqui pras minhas bandas será relançada uma das melhores história da época em que o Wolverine era um personagem que prestava. E pra você que não leu, vou tentar dar uma familiarizada com a história e mostrar o quanto você é juvenil por nunca tê-la lido.
Publicada originalmente em 1991, escrita e belamente desenhada por Barry Windsor Smith (bata os joelhos no chão e agradeça-o todos os dias, pois ele é o responsável pelo visual da Red Sonja), a história mostra a maneira traumática na qual Logan ganhou o revestimento de adamantium em seus ossos. Apesar do foco da hq ser sempre no mutante, a história é conduzida por dois cientistas, Cornelius, médico responsável pela equipe e especialista na manipulação da mente e outro personagem chamado apenas de Professor.
Professor aparenta ser o grande idealizador e o maior nome por trás do projeto Arma X, mas a verdade é bem mais complexa. Em pontos da história podemos ver como o personagem é na verdade um marionete, uma pau mandado de alguém mais poderoso, e como algumas informações sobre o projeto são secretas até para ele, como o fato de Logan ser um mutante e possuir um fator de regeneração acelerado. Um personagem construído para que você o odeie, simplesmente.
Apesar de não abordar diretamente a questão do preconceito como é feito de maneira costumeira nas hq dos X Men, a história usa isso de uma maneira forte sem precisar falar com todas as letras para qua o leitor entenda. Logan é desprovido de qualquer tratamento humano, e é tradado como uma mera cobaia, um animal a ser descartado. Como seu fator de cura metaboliza qualquer substância estranha, ele sentiu a dor de todos os experimentos realizados devido a ineficácia dos anestésicos, e em certas partes fica bem demonstrado o quão doloroso foi tudo.
Outro ponto a ser destacado é a abordagem em relação ao passado de Wolverine e a existência dos famigerados implantes de memória, já que foi aqui que tudo aconteceu. E sinceramente, a origem de Logan poderia ter parado aqui mesmo, sem infância, James Howllet, Cão e o diabo a quatro, tava bom do jeito que foi abordado aqui.
E por final, uma parágrafo à parte para a arte da bagaça. Barry Windsor Smith é uma daqueles caras que eu conheço pouco mas considero pakas mas acho do caralho, a arte do cara é nada menos que excelente. A narrativa também é impecável, embora a sequência em que se devem ser lidos os balões possa parecer meio confusa à primeira vista, mas nada impossível. A carnificina nas cenas de ação é bem dinâmica e os ângulos de câmera das principais cenas são ótimos.
Pra quem mora em Rio, São Paulo ou Paraíba essa revista já saiu, então sugiro que corram atrás. Pra quem, assim como eu, tá na fila de espera eu acho bom reservar o dinheiro, pois essa é uma das melhores histórias que vai sair nessa coleção.