Space Opera – O que aconteceu?

Hoje, nosso novo amiche contratado, em seu post de estreia. =D

Estava eu aqui jogando, pela quarta vez, um dos meus jogos favotritos: Mass Effect. Parei então para pensar “Puta que me paril, esse jogo daria uma puta série de têvê” (se bem que vai sair um filme do negócio, mas isso é uma parada pra um post completamente diferente), então continuei pensando e analisei: O que diabos aconteceu com o space opera?!

O pior que nem seria tão complicado, ou caro fazer algo do gênero. Era só achar um machão com capacidades de atuação razoaveis, uma gostosa pra pintar de azul e colocar uns tentáculos na cabeça com similar capacidades de atuação, outra gostosa, e o resto senta o CG em cima e tamo pronto. Mass Effect: The Series onde o comandante Shepard vai atrás da ameaça dos Reapers antes que seja tarde demais para a galáxia. Coloca o monstro da semana, um pouco de plot e COMO DIABOS NINGUÉM PENSOU NISSO AINDA?!

Admito: sou um geek (ah vá?!) afirmado e não nego; space opera, com todos as suas bizarrices, é um dos meus gêneros favoritos da ficção científica, que misturando um mundo onde a ciência é um exagero (cristais como combustível para uma nave espacial, por favor …) com crítica social (ESTOU OLHANDO PARA VOCÊ BABYLON 5!), space opera é aquela parada que você ou ama até a morte, ou odeia com todas as forças.

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Fodasticamente tosco!

Láááááá nos anos 60, quando ser nerd ainda era ser marginalizado, o gênero se popularizou (ou se ridicularizou, dependendo do seu ponto de vista) com os clássicos Star Trek nos EUA e Doctor Who no Reino Unido. Ambos eram programas ambiciosos, além do seu tempo, que apesar do mínimo de orçamento, conseguiu criar uma geração inteira de geeks.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=qY-nuF2edt8&w=420&h=315]

“Mas Grifter, seu nerd escroto, Star Trek e Star Wars são fenômenos culturais, com filmes recentes, como você pode dizer que é um gênero em decadência?”

Sim, e não.

Os filmes mais novos de Star Wars são, honestamente, uma bosta, e a única coisa que eu acompanhei do universo expandido foi aquele desenho bacana que passava no Cartoon Network (quando a Cartoon ainda era decente) do genial Genndy Tartakovsky, que tinha tipo, 15 minutos e era uma espécie de spin-off (ou tie-in, sei lá) dos novos filmes. Em contraparte, os filmes do Star Trek …

Mas o que eu originalmente queria falar sobre, era sobre séries de televisão, que depois de Stargate Universe, que foi uma conclusão muito … meh, para o universo de Stargate, nada mais se viu falar de naves espaciais e alienígenas ridículos. O quê aconteceu? Teria a audiência se cansado? Falta de idéias inovadoras (sempre uma nave com um nome legal, sempre alienígenas e blá blá blá) ou as redes de televisão decidiram que provavelmente não iriam mais conseguir colocar as mãos no novo Battlestar Galactica e resolveram não se arriscar mais?

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Staaaaaaaaarbuuuuuuuck!!!!

De qualquer maneira, vou encerrar esse post chato e inútil com mais inutilidades … TOP 5 … 6, sei lá, top alguma coisa, séries de tv com tema space opera.

Número 6 : Stargate SG-1

Spin-of de um filme crááássico dos anos 90 com o Snake Plissken e o Ultron, continua de onde o filme parou, só substituindo o Kurt Russel pelo Mcgiver. A série durou incríveis 10 temporadas, foi ao ar por dois canais diferentes e teve mais de 200 episódios. Misturava ação, aventura e uma ficção científica deliciosamente exagerada sem perder o humor (os episódios de aniversário são simplesmente hilários).

“Mas Grifter, como assim Stargate SG-1 é space opera, eles nem viajavam no espaço”. Tecnicamente, não, não viajavam, eles usavam um wormhole estável (antes de wormholes serem legais (ESTOU OLHANDO PARA VOCÊ INTERSTELAR!)) para viajar para os diferentes planetas. Mas a idéia principal estava ali: exploração, conflito e crítica social.

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Número 5: Star Trek: The Original Series

“COMO ASSIM STAR TREK NA QUINTA POSIÇÃO!?!?” Acabaram de gritar todos os fanboys das interwebs. Star Trek pode ser a “pedra angular” de toda space opera, porém isso não faz dela a melhor (nem de perto). Ela é fantástica sim, ela estabeleceu as “regras” do gênero, por se assim dizer, mas o fato é, Star Trek (fora os filminhos moderninhos do Jota Jota Abraão) não envelheceu muito bem. Os episódios eram longos demais e sejEmos honestos, aquilo ainda é bem tosco. Parece que eu só estou falando mal, mas na realidade sou bastante fã da série e digo que essa é a melhor cena de luta já mostrada na televisão.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=4SK0cUNMnMM&w=420&h=315]

E TENHO DITO!

Número 4: Battlestar Galactica

Quero que você pense em uma série foda. Pensou? Agora pensa em todos os personagens dessa série sendo foda. Beleza? Agora pensa em um cenário, absurdamente foda, que mistura ficção cientifíca e RELIGIÃO de uma maneira tão fodônicamente foda que quando a série termina, você sente só um vazio dentro de si mesmo e quer apenas ficar em posição fetal e chorar.

Essa série é Battlestar Galactica.

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Staaaaaaaaarbuuuuuuuck!!!!

Número 3: Firefly

“… AND YOOOOOU CAN’T TAKE THE SKYYYYYY FROM ME!”

Aaaaah Firefly, como sentimos a sua falta. Obra prima do nosso senhor e salvador Joss Whedon (Isso mesmo, foda-se aquela piranha loira) sobre o bando de desajustados, párias e criminosos mais absurdamente carismatico deste lado do “verse”. A série de mais curta duração com os fãs mais devotados da existência (ainda existem convenções de Firefly hoje, 15 anos depois). Todo ano faço questão de assistir novamente os 13 episódios, e nunca me arrependo. Uma das melhores séries já produzidas, e um dos melhores exemplos de que space opera não precisa ser só sobre alienígenas.

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BWAH!

Número 2: Farscape

“Farscape?! Que porra é essa?!” Se lembra da imagem do alien tosco ali de cima? Pois é. Farscape é uma das melhores produções (oriunda da Austrália de todos os lugares, deve ser essa a razão de ser pouco conhecida) de sci-fi que eu já tive o prazer de assistir. Uma das minhas séries favoritias que combina todos os bons elementos de Firefly (ver número anterior) somado a um universo maluco, cheio de loucuragens e alienígenas no maior estilo Star Wars. Conta a história de Chrichton, um astronauta humano que é tragado por um wormhole (mas essa porra de novo?!) e vai parar do outro lado do universo, onde as coisas são, bem, beeeeeeeeeeeeeem diferentes. E malucas. E Fodas demais.

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Número 1: Doctor Who

DOOOOOO WEEEE WOOOOO. Sim sou Whovian. Sim eu acho que se você pular o 9 você é um escroto. Sim Doctor Who é a minha série favorita. De todas. Em todas linhas temporais, e nada, eu disse NADA, consegue chegar perto em tamanha fodasticidade. A maior série de ficção cientifíca de todos os tempos, com quase 1000 episódios, sendo transmitida a mais de 50 anos (com uns 15 aninhos de hiato, mas quem se importa) Doctor Who é a epítome do que space opera de veria ser. Engraçada, divertida, cheio de aventuras e bizarrices sem limites. Sem deixar de ser emotivo e profundo em muitos momentos. Caso você more numa caverna, e nunca tenha ouvido falar do Doutor, a série conta a história de um alienígena que viaja numa cabine telefônica pelo tempo e o espaço, geralmente acompanhado de uma humana gostosinha. Se essa descrição não é o suficiente pra te interessar, eu não sei o que vai ser.

Pra quem chegou até aqui me despeço deixando umas imagens da companion mais gostosinha do Doutor.

 

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