Semana das mangakás – Yomeiro Choice

Pra encerrar resolvi colocar algo que só tem em mangá. O que é uma pena, já que é um dos trecos mais engraçados e dementes que já li.

A historia gira ao redor de Sakuraga Saku, um estudante mediocre. Sua vida segue enquanto ele é paparicado pela prima Kuran, conversando com Karin, sua amiga de infancia e atormentado pela representante de classe, Mebuki. Sua vida muda quando uma menininha com roupas esquisitas cai do céu e se apresenta como Kiiro, sua filha do vinda do futuro.

Ela informa que está ali para garantir seu nascimento, juntando Saku com Karin. Só que os planos de Kiiro são frustrados por outra menininha, Hiiro, que informa ser filha de Saku com Kuran.

Posteriormente uma terceira filha aparece com o mesmo plano.

 

Isso obriga Kiiro a agir com resolução

É bom deixar duas coisas bem claras. O fanservice aqui é pesado, coisa de deixar Queens Blade parecendo uma tirinha do Garfield e Seikon no Qwazer, o manual de instruçoes de uma caixa de fosforos. Deu uma ligeira aliviada, quase imperceptivel, no final do primeiro volume, quando a série passou para outra editora.

O plano das meninas do futuro é garantir que suas respectivas mães fiquem grávidas e para isso sutileza é um detalhe quase esquecido. A maioria das historias gira ao redor de algum plano, em geral envolvendo  uso de algum aparelho absurdo do futuro e como isso acaba dando errado.

 

No futuro as pessoas usarão sanguessugas espaciais em sua higiene pessoal. O apocalipse não parece má ideia.

 

Mas isso é contrabalanceado com uma quantidade brutal de comédia. Chega a um ponto de qualidade de humor que, mesmo as situações ficando progressivamente mais fanserviciadas, isso acaba ficando de lado pelo puro caos e absurdo da historia.

A responsável é a desenhista de pootaria Doi Sakazaki que assumiu o pseudonimo TENKLA e mesmo em suas obras de sexu puro ela não consegue manter sem comédia.

 

Vão ter que acreditar na minha palavra. E no fato que não consegui achar uma imagem que demonstra isso e possa ser publicada aqui.

 

Uma das coisas que pensei foi porque as três meninas do futuro não se unem, afinal, Saku não é como a maioria dos protagonistas castrados desses mangás harém e está mais do que disposto a passar a linguiça na farinheira.

Só há dois poréns nisso, e a historia depende deles. O primeiro é que cada uma vem de uma timeline diferente, que não inclui a existencia de meias-irmãs. E o segundo, quase tão importante quanto, senão mais, é que Saku é um dos caras mais despreziveis que existe. Ele foge de responsabilidades com pavor, e sabe que, se der um tapa na camurça com Kuran, Karin ou Mebuki são grandes as chances, quase garantidas na verdade, de uma gravidez acabar com sua boa vida. As provas estão andando e falando com ele.

 

 

Então as historias seguem acompanhando o confronto entre os instintos animalescos de Saku: reproduzir e evitar responsabilidades, enquanto sua filhas tentam garantir a própria existencia e suas mães potenciais apanhadas no meio disso.

Não é incomum que obras baseadas em fanservice percam muito se privadas desse fator, ao ponto de ficarem genéricas ou até ruins. Tire o fanservice de To Love Ru e sobra um mangá bem ruinzinho.

Não é o caso aqui. O traço é bonito e a historia é engraçada pra cacete. Dá pra ler até com as duas mãos.

Quando notei porque o imperador inca Manco Capac apareceu, ri incessantemente por quase dez minutos.