Risk of Rain


Um dos meus jogos mais preferidos de todos os tempos, \o/
Fala, galera. Joguete independente na área.
Risk of Rain é um jogo que foi lançado em 2013 para Windows (e no ano passado para Linux, Mac e, se não me engano, para PS Vita). Trata-se de um rogue-like (não sabe o que é isso? Dei uma breve explicação nesse POST AQUI) em plataformas, em que devemos selecionar um personagem dentre doze disponíveis, pegar itens, explorar alguns planetas e voltar vivo de lá. Parece meio genérico? E é, mas essa história é basicamente uma justificativa pra mecânica. E isso eu já abordo mais pra baixo.
Conforme falei ali em cima, os 12 personagens jogáveis são chamados de sobreviventes e possuem habilidades muito diferentes umas das outras, o que gera uma variação fudida de jogabilidade entre eles. Inicialmente só temos o Commando disponível e abrimos as outras conforme realizamos diferentes tarefas, desde coletar itens específicos, até finalizar o jogo algumas vezes. As classes são: Commando (básico, atira rápido e possui uma habilidade que permite evadir os ataques); Enforcer (o tank -aquele quem absorve dano- da parada, é lento e possui um escudo que bloqueia todos os ataques à sua frente, mas te deixa MUITO mais lento); Bandit (rápido demais, pode ficar invisível e tem uma habilidade que reseta o cooldown de todos os outros poderes, uma das classes mais úteis do jogo); Huntress (ótima mobilidade, única classe que pode atacar enquanto se movimenta); HAN-D (como o nome sugere, vai na porradaria mesmo, é muito forte, porém bastante vulnerável por ser lento); Enginner (boa mobilidade, habilidades fortes e possui um míssel teleguiado MUITO forte, classe bastante recomendada para iniciantes -minha segunda classe preferida); Miner (Pode voar por aí e isso é muito útil, a habilidade que atordoa todos os inimigos à frente é ótima); Sniper (classe mais difícil de se usar, requer uma coordenação absurda de tempo de recarga da sua arma, porém consegue matar quase todos os chefes com apenas um tiro, dada à combinação de suas habilidades); Acrid (possui habilidades de curta e longa distância, é rápido e suas habilidades de envenamente causam um dano enorme, especialmente por ser um dano à “longo prazo”, ou Damage Over Time -dano com o tempo); Mercenary (uma das classes mais fortes do jogo, mas difícil de masterizar, a habilidade em que fica invencível enquanto ataca é incrível); Loader (pode se reposicionar no paga e tem uma habilidade incrível para matar muitos inimigos juntos, mas joguei muito pouco e não gostei da jogabilidade) e, finalmente, o Chef (minha classe preferida, possui mobilidade baixa e sua quarta habilidade permite que algum dos outros três poderes sejam aprimorados, tornando-se mais efetivos em batalha). Ufa. A imagem com todos eles (em ordem) segue abaixo.
Como falei acima, a história é meio que uma desculpa para a mecânica desse jogo. As partidas são criadas aleatoriamente e cada sessão são constituídas por 5 mapas (4 deles podem ser repetidos diversas vezes na mesma sessão e 1 é o mapa final) e seu objetivo é alcançar um portal. Ao achá-lo e ativá-lo o jogador precisa sobreviver a uma horda de monstros até o portal ficar pronto. Esse período fica indicado no meio da tela, assim como os monstros e suas localizações. Além da horda “básica”, também existe um chefe do mapa. Sim, isso dá um desespero fudido.
O ponto é que o tempo é uma questão chave durante a jogatina, já que a sessão atual vai ficando mais difícil conforme ele (o tempo) corre. Basicamente os inimigos que passam a surgir ficam bem mais fortes, geralmente em sua versão elite (possuem muito mais vida e força, geralmente alguns atributos especiais, como ataques e habilidades passivas, mas com a chance de derrubar um item ao ser derrotado). Lembrando que os chefes também possuem essa variação, que pode ser letal em níveis mais baixos.

Interface incial do jogo. Repare na barra que sinaliza o nivel dificuldade no canto superior direito. Ela sobe conforme o contador de tempo avança.
E a grande questão de tudo é que, para nos ajudar, é possível adquirir diversos itens. Esses itens nos auxiliam com pontos positivos, habilidades passivas, habilidades especiais, ou “equipamentos” (itens que podem ser utilizados e que não são habilidades). Eles são adquiridos, por padrão, de forma aleatoria, impossibilitanto a criação de uma build (algo como uma árvore com habilidades pré-determinadas) específica. E eu citei padrão porque isso pode ser contornado, já que os artefatos (que podem ser visualizados na imagem dos personagens mais acima) podem ser encontrados aleatoriamente em pontos específicos e de mapas específicos. Um deles (o Command) possui a capacidade de nos permitir escolher esses itens quando está ativo. É, basicamente, o easy mode (modo fácil).
Lembrando que tudo isso só dura até você morrer ou conseguir concluir o jogo. Tudo é reinicializado (novamente aleatoriamente) para a proxima jogatina.
Outra coisa que é muito importante mencionar é que Risk of Rain foi um jogo financiado via Kickstarter e trouxe diversas atualizações, sem contar que o pessoal da Hopoo Games sempre está tomando cuidado da obra, com correções e implementações de balanceamento e outras coisas.
O último ponto que tenho para citar é o multiplayer. O jogo foi projetado para funcionar com mais de uma pessoa, cada uma com seus itens e lutando no mesmo planeta pelo objetivo já abordado acima. Jogar em multiplayer é incrível, uma experiência muito boa. Mas há um porém. O jogo não possui Steamworks (que é a função que possibilita a conexão a partir dos servidores da Steam), sendo necessário achar os amigos na boa e velha forma de digitar o IP externo… e isso sempre dá errado. O jeito mais tranquilo é utilizar um aplicativo de terceiro que permite fazer conexões locais à distância (o Hamachi é o mais utilizado e possui uma VERSÃO GRÁTIS QUE PODE SER ENCONTRADA AQUI, a versão UNMANAGED/não gerenciada). Eu não sei quão complicado é implementar isso, ou se vale a pena para os desenvolvedores, mas acredito que seja o único ponto que precisaria de uma olhada com carinho da Hopoo.
Apesar do ponto acima, eu ainda acho Risk of Rain um jogo perfeito. É difícil na medida certa. É recompensador quando precisa ser. Pode ser rejogado quando você tiver vontade (sem o risco de ficar chato) e possui uma trilha sonora magnífica (que vai ser postado como Trilha da Semana nessa quarta-feira… eu linko ela aqui). O jogo é MUITO viciante. É lindamente viciante.
Eu sei que o texto ficou muito grande e, possivelmente, meio confuso. Caso prefiram, eu fiz um video um pouco mais objetivo. Nele dá pra ver tudo o que mencionei, além de passar um pouco da dinamicidade e mecânicas do jogo:
Caso tenham se interessado pelo game, ele sai por R$17 na Steam. CLIQUEM AQUI PARA IR ATÉ A PÁGINA. Vale cada centavo gasto. E, caso tenham se interessado pela Hopoo Games, CLIQUEM AQUI para saberem um pouco mais sobre a equipe de 3 pessoas que fizeram um trabalho magnífico (em inglês).