Review Retrô- Yu Yu Hakusho: Invasores do Inferno.

Esse título…argh…

Se você acompanha esse site há algum tempo deve saber que eu gosto de Cavaleiros do Zodíaco, a ponto de escrever um porradilhão de posts sobre e ainda gravar um podcast apontando todas as tosqueirices dessa saga tão amada por marmamjos de trinta e poucos anos de todo o mundo. Mas uma coisa que talvez você não saiba é que tem outro anime dos tempos da Manchete que conseguiu suplantar o lugar de cavaleiros no meu coração juvenil e que eu quase não falo dele porque, enquanto Cavaleiros me dá tonelitros de razões pra zoa-lo, esse outro anime bloqueia meu “zoeiometro” e eu não consigo desgostar de NADA dele! Obviamente estou falando de Yu Yu Hakusho, afinal está no título do post, oras bolas! Se você não matou essa também não deve ter matado que o atirador do filme Por Um Fio era o Kiefer Sutherland, apesar do nome dele estar no pôster e na capa do DVD e ele não aparecer durante quase todo filme. Se este foi o caso, sim…você é burro(a).

Mas deixando de agredi-lo(a) gratuitamente e voltando ao tema do post, Yu Yu Hakusho tinha o diferencial de trazer personagens que não eram poços de virtudes. Yusuke, o protagonista, era um marginal que metia medo em todo mundo e era odiado na mesma medida. Kwabara, seu rival na escola, também era um marginal, inclusive usando o cabelo característico das gangues de colégios japoneses de antigamente ( o Yusuke também, mas o do Kwabara era mais “marcante”). A galera que se unia a eles depois eram dois bandidos do mundo espiritual. Kurama era um ladrão que se apossou do corpo de um humano pra escapar dos B.Os do mundo espiritual e o Hiei era um assassino a sangue frio. Ou seja, só gente boa!

Unindo a isso o fato de não termos ninguém trajando armaduras, conversando por 6 horas antes de dar um golpe que vinha acompanhando de um manual de instruções em voz alta ou precisando defender uma patricinha rica e filha da puta, Yu Yu Hakusho foi o anime que me mostrou que havia todo um mundo além dos Cavaleiros do Zodíaco, Shuratos e Samurais Warriors da vida. Havia um mundo de animes genuinamente bons…e muito bem animados! Sério, Yu Yu Hakusho envelheceu como vinho em termos de qualidade técnica.

Tá, eu já tô me alongando demais aqui, e isso sempre acontece quando falo de algo de que gosto muito. O caso é que Yu Yu Hakusho, além de sua série regular exibida pela Manchete, também tinha um OVA curtinho de 25 minutinhos e um longa metragem. E a distribuidora, vendo o sucesso da série, havia planejado trazer o filme pros cinemas brasileiros, assim como foi com Cavaleiros do Zodíaco. Estava quase tudo certo…mas acabou não rolando, porque apesar do sucesso de audiência, comercialmente a série não tinha o mesmo alcance de CDZ (e com os bonecos MERDAS que a Estrela lançou, podemos concluir o porque…). Li sobre esse filme na revista Animax Nº32, lá por meados de 1997/1998, e fiquei alucinado! Eu PRECISAVA ver aquele filme! Foi algum tempo depois que um amigo que grava fitas de anime pra mim (não havia acesso fácil a internet naquela época, e a internet a que se havia acesso mal permitia baixar um JPEG sem demorar seis anos pra concluir) me grava o tal filme. Finalmente eu assistiria ao longa inédito de minha série favorita! Vi…e fiquei maravilhado!

Anos depois, mais especificamente em 2003, Yu Yu Hakusho é redublado pra ser exibido no Cartoon Network e quase foi mandado pela nova compradora da série, a Cloverway INC. (a responsável por vender pra Manchete tinha sido a Tikara Filmes) pra ser dublada em São Paulo com um elenco totalmente diferente. Mas a Cloverway INC. ficou sabendo do sucesso que a primeira dublagem tem até hoje e voltou atrás, mandando novamente pra Audio News. Só que dessa vez ela resolve colocar o filme no pacote, o qual acabaria sendo exibido em 2006 pela própria Cartoon Network.

Eu assisti e reassisti esse filme tanto…mas tanto…mas TANTO, que cheguei a enjoar dele, caso que só havia acontecido com Street Fighter II: The Movie. Só voltei a assisti-lo anos atrás pra ver como tinha ficado a dublagem, mas não prestei tanta atenção assim. Essa semana, após ver um unboxig de um boneco do Yusuke em um canal do YouTube (e ficar puto por ser pobre e não poder ter um também, afinal essas porra custa uns seiscentos contos), me bateu uma nostalgia e uma vontade de reler o mangá. Aí acabei lembrando do filme e pensei ” Eu sempre vi sáporra com qualidade cagada de VHS…será que tem em 1080p?”. Fui procurar, e tinha! Então revi o filme dubladinho ontem e hoje farei uma resenha após essa introdução grande para um senhor caralho! Rumbora!

Sinopse:

O mundo espiritual é tomado por um verdadeiro dilúvio que está colocando tudo debaixo d’água. Koenma revela a Botan que isso é obra dos invasores do Meikai, um mundo criado por Emma-Daioh (pai de Koenma e também basicamente DEUS em Yu Yu Hakusho, ou seja…Koenma é o Jesus japonês) entre o Reikai ( mundo espiritual) e o Makai (Mundo das Trevas ou simplesmente “inferno” para os íntimos) afim de aprisionar Yakumo, um youkai rebelde que entrou em guerra com o Mundo Espiritual eras atrás. Yakumo conseguiu fugir e agora busca um poderoso artefato que lhe dará poder para tomar os três mundos. Koenma entrega tal artefato a Botan e a manda procurar Yusuke.

No nosso mundo, uma moribunda Botan encontra Yusuke e diz que precisa ir ao templo Kazane procurar Hinageshi. Yusuke manda Keiko levar Botan até a mestra Genkai e vai com Kwabara até o tal templo encontrar a tal menina e tentar entender o que está acontecendo. Lá, encontram Hinageshi sendo atacada por Youkais e a dupla a salva. Na casa de Genkai, Hinageshi, que também é uma guia do mundo espiritual como Botan, fica chocada ao ver a amiga em um estado tão lastimável. Nesse momento Kurama aparece e diz que o Mundo Espiritual desapareceu sob as águas.

Hinageshi diz que o único capaz de algo assim seria Yakumo e conta a história da guerra dele com o Mundo Espiritual e seu banimento para o Meikai. Ela diz que o único jeito de salvar o mundo espiritual é quebrando cinco selos espalhados por Tóquio afim de enviar energia espiritual para lá. Mas o grupo precisa agir rápido, pois se Yakumo quebrar os selos primeiro, ele poderá fazer com o mundo dos homens o mesmo que fez com o mundo espiritual. Agora o cacete vai comer na casa de Noca e o cancão vai piar bonito!

A Trama

Como todo filme derivado de um anime, a trama traz alguns elementos novos mas que serão devidamente esquecidos e ignorados pela série assim que acabar. Os acontecimentos não tem repercussão na série principal e, por isso, obviamente personagens centrais não vão morrer. E Yu Yu Hakusho: Invasores do Inferno, não foge dessas regras (talvez com a exceção de “personagens centrais não vão morrer”, mas falarei disso mais adiante). O filme tem uma trama beeeem básica e serve apenas pra levar os personagens do ponto A ao ponto B trocando a maior quantidade de porradaria e espalhando a maior quantidade destruição pelo caminho. E, olha, os sujeitos se puxam no que tange a destruição! Ao fim do filme você fica se perguntando se não teria sido melhor deixar o Yakumo invadir o mundo dos humanos de vez…

Resultado do Hiei tentando “salvar” a cidade.

A parte bacana está no fato do filme ter dois momentos. O inicio é focado na galera tomando um coro e se fodendo bonito. A segunda é focada na imortal frase de Yusuke Urameshi “Você é grande mas não é dois, eu sou pequeno mas não sou metade” e mostra a galera indo a desforra. Destaque para o único personagem que não perde a luta na primeira metade do filme que é…O KWABARA! Afinal, a flor tem que ser de cerejeira e o homem tem que ser Kwabara! Kwabara é phodabagarai…

E ainda vence só no braço! Que homem…

O filme foi lançado em 1994, ano em que o anime chegou ao fim, e não entendi porque não usaram a “forma demoníaca” do Yusuke na luta contra o Yakumo. O filme não deixa claro em que período se situa, mas creio que seja depois do Torneio das Trevas, isso explicaria o Yusuke não tomar essa forma na luta. Em compensação, essa é a única vez que vemos o Hiei assumir sua forma youkai novamente desde a luta contra o Yusuke no iniciozinho de tudo.

A Animação

O filme é belíssimamente animado! Os golpes são grandiosos, a correria é frenética e a destruição é cataclismica! O desenho dos personagens está incrível e creio que o diretor de animação foi o Ryo Tanaka, responsável por alguns dos mais bem animados episódios da série, como o ultimo, por exemplo. Yu Yu Hakusho foi o primeiro anime que me fez atentar para a mudança de traços de um episódio para o outro, e quando era um episódio animado pelo Ryo Tanaka, eu sabia, pois além da animação, do traço e até da colorização serem mais bonitas, os personagens ficavam com olhos gigantes e muito mais expressivos e isso fica claro no filme.

Em HD, toda essa beleza que eu já achava que o filme tinha, se acentua em 200%! As cores ficam mais bonitas e o traço mais apreciável. O problema é que algumas falhas de animação também ficam evidentes, afinal nada é perfeito. Como em alguns momentos em que o Yakumo fala mexendo só a boca e parece um GIF, ou quando os personagens são desenhados de longe meio que as pressas, com poucos detalhes, o que até passaria desapercebido em um VHS. Mas em 1080p fica difícil não ver certas “atrocidades”. Claro que esses detalhes não tiram o brilho da qualidade técnica do filme como um todo. Mas fica divertido ver essas derrapadas.

Carai, Ku Abra…
…tô bem naum,

Personagens.

Os personagens véios de guerra a gente já conhece e não mudaram nada aqui. Já os vilões, deles podemos falar um pouco. Nenhum dos vilões tem um background que não ultrapasse uma frase da Hinageshi pra dizer quem ele é e o que faz, com exceção do Yakumo, que tem a história da guerra contra o mundo espiritual, e do Kuronue, um antigo amigo e parceiro de roubos do Kurama que voltou para se vingar de uma susposta traição. O resto se resume a “Ah, esse é fulano. Ele ataca assim e assado” e isso faz certa falta ao filme e empobrece um pouco a trama que já não é lá muito rica.

Kuronue, ex-parceiro de roubos de Kurama e que a dublagem resolve chamar de Corvo Negro no meio do filme do nada.

Mas se tem um fator que me incomodou profundamente foi o visual do Yakumo. Quando os youkais que só vão aparecer pra apanhar ou que estão na torcida do Torneio das Trevas aparece, eles tem o visual mais genérico possível, usando apenas uma camisa lisa e uma calça jeans e…cabô! É isso! Quando os personagens que seguiriam um pouco mais na história apareciam, o design deles era mais legal e até suas roupas tinham um certo capricho. Já o Yakumo, apesar de ter uma cara interessante com sobrancelhas de velho rabugento, usa uma capa…por cima de uma camisa e uma calça, igual os personagens genéricos que aparecem na série! Isso me decepcionou demais e isso só fica pior no final do filme, quando ele veste uma armadura feita de ossos e com uma capa que o deixa com um visual mais legal e você só consegue pensar “Ô, PORRA! POR QUE NÃO DESENHARAM ELE ASSIM DESDE O COMEÇO, CARALHA?”. Triste…

Yakumo com seu visual bosta…
… e com seu visual “AGORA SIM, sáporra parece um vilão de respeito!”

A Música

Assim como a trilha de Cavaleiros do Zodíaco, a de Yu Yu Hakusho é sempre lembrada pelos fãs. Você pode botar pra tocar em qualquer lugar sem dizer nada e a galera que assistia a série vai reconhecer na hora!

É comum em filmes e OVAs produzirem uma trilha totalmente nova, como a MARAVILHOSA trilha do OVA de Asgard de CDZ, ou refazerem de maneira mais épica os temas mais conhecidos da série. No caso de Yu Yu Hakusho: Invasores do Inferno, fizeram as duas coisas. O problema é que as músicas novas não se destacam em cena e tanto elas quanto as velhas que ganharam novos arranjos ficaram…como posso dizer…sabe aquelas bandas da policia militar que se juntam pra tocar em praça e você só ouve os trompetes que parecem sugar sua energia vital e te dá vontade de usar uma boina, uma camisa social de manga curta salmon, uma calça social bege, um par de alpargatas e se sentar na mesinha de dama da praça pra jogar um dominó com os amigos trajados igualmente? Bem…e por aí. Claro que não são todas, mas tem algumas que ficaram bem esquisitas. Ah, e o tema de encerramento do filme ficou parecendo música de banda de forró dos anos 90,tipo Mastruz com Leite, Limão com Mel ou Calcinha Preta. baixo deixo a trilha completa do filme.

A Dublagem

Ao contrário da série comprada pela Tikara Filmes e exibida em 1996 pela Manchete, a versão da Cloverway INC. não foi comprada diretamente do Japão. Assim como a primeira versão de Cavaleiros do Zodíaco e dos 60 episódios de Dragon Ball exibidos pelo SBT, o filme de Yu Yu Hakusho veio de uma cópia mexicana. E assim como em Cavaleiros do Zodíaco, nossa dublagem herdou todos os erros de tradução vindos de lá. Isso já começa no título, já que “Invasores do Inferno” foi o título mexicano, enquanto que o título, caso seguisse original japonês, deveria ser “Yu Yu Hakusho: A Batalha de Meikai” ou “Yu Yu Hakusho: Batalha Mortal de Meikai”. Bem, pelo menos foi menos horroroso que o título americano…

A dublagem, que conta com todo o elenco original do anime e até usa algumas liberdades como na primeira dublagem, aqui derrapa em erros grotescos de tradução vindas do México. Meikai passa a se chamar Hades, algumas falas são repetidas duas vezes por alguns personagens (como o Kurama dizendo o que acha que fez o mundo espiritual ficar debaixo d’água), alguns nomes são pronunciados errados, como Hinageshi que as vezes vira simplesmente “Hina” e em alguma cenas temos a entonação errada dos atores, mas aí já é falha da dublagem mesmo, como quando Yusuke ouve um grito na casa de Genkai e diz “É a Keiko!” se vira e fala com alguém que está fora de cena “Você fica aqui, está ouvindo?” só pra na cena seguinte a pessoa que estava com ele se revelar como sendo…a Keiko! O grito certo seria “É a Botan!” já que, obviamente, era a Botan quem estava gritando. E tem muitos outros erros, infelizmente. Mas pelo menos é bom ver o filme dublado. Só poderiam ter tido um pouco mais de cuidado…

Ah, ainda falando em tradução, cabe aqui uma curiosidade! Sabiam que passou pelos planos da Tikara dar um título em português pra série? E sabiam que um dos títulos que chegou perigosamente próximo de ser adotado foi ” Cavaleiros do Além” só pra pegar carona no sucesso de Cavaleiros do Zodíaco? Que nojo…

Em quadrinhos no Brasil

No Japão é muito comum alguns animes, OVAs e longas animados ganharem os chamados “Anime Comics”, um tipo de fotonovela com as cenas dos animes organizados em forma de quadrinhos. No Brasil ainda nos anos 90 a editora Abril publicou entre 1996 e 1997 nove edições de Sailor Moon nesse formato além de três longas animados de Dragon Ball nesse mesmo período (tenho 3 edições dessas). Já a Conrad lançou os OVAs e os filmes de Cavaleiros do Zodíaco nesse formato entre 2005 e 2006 sob o título de “Coleção Anime Classic”. Em 2005 a JBC lançou o OVA e o filme em duas partes nesse formato. Lembro de ter visto na época e ter deixado passar por serem absurdamente caros. Enquanto o mangá de Yu Yu Hakusho custava R$4,90 os anime comics custavam R$19,90, um absurdo pra época!

Fonte das imagens: Guia dos Quadrinhos

Anos depois, passando em um beco que dá pra feira de Caruaru, encontrei um senhor vendendo algumas revistas antigas de decoração, crochê e tricô e no meio haviam alguns quadrinhos e mangás. Foi então que comprei o mangá da edição 5 a 38 da primeira versão da JBC por R$2,00 cada e também peguei as duas edições dos anime comics correspondentes ao filme pelo mesmo preço. Infelizmente deixei o anime comic do OVA lá e quando voltei não estava mais. Eu não sou grande fã do OVA, que tem uma animação ok e um visual bem simplório tal qual sua história além de ter um vilão que casa mais com Dragon Ball que com Yu Yu Hakusho, mas eu gostaria de ter essa edição assim mesmo.

As edições são bem bacanas e, além do filme adaptado para quadrinhos (óbviamente), traz alguns extras bacaninhas, como fichas de personagens, estudo de personagens para o anime, pôsteres e entrevistas com os dubladores japoneses e brasileiros da série.

Conclusão

Yu Yu Hakusho: Invasores do Inferno, assim como todo filme derivado de animes, não é indispensável mas é muito divertido. Bem animado e de ritmo ágil, tem como maiores defeitos a trilha sonora tocada por uma banda de boteco e os erros de dublagem. Os erros de dublagem você pode resolver assistindo legendado. Já o da trilha sonora…paciência! Se concentre na animação e talvez você nem note!

Nota: 8,0

PS: Sabe qual é a parte bacana desse filme? É que você encontra ele facilmente no YouTube! Inclusive a versão em 1080p que eu assisti e que deixo aí abaixo pra você assistir no trabalho! De nada! Ah, notem que aos 8 minutos tem uma cena com o áudio em japonês. Foi falha da dublagem mexicana e a versão que veio pro Brasil aparentemente veio sem essa cena, por isso a falta de dublagem.

PS2: Pelo comprimento dessa jaqueta do Yusuke, eu acho que ele pegou emprestado com a Keiko…é quase um bolero…

PS3: Lembra que láááá em cima eu falei que em filmes baseados em animes nenhum personagem principal morre porque os filmes não podem mexer no cânone do anime/mangá mas que nesse filme era diferente? Então…aqui eu vou contar um SPOILER, então leia por conta e risco! Acontece que durante a luta final, que acontece em cima de um prédio, Yusuke lança um Leigan que destrói a Esfera do Meikai, o artefato que o Yakumo buscava e que estava escondida dentro da Botan. Com isso, o prédio explode com Yusuke, Kwabara, Hiei, Kurama, Botan e Hinageshi ainda em cima dele. Na cena seguinte, Yusuke acorda e não encontra a galera, até que vê o corpo de Botan caído. Como com a morte de Yakumo os selos destruídos restauraram o mundo espiritual, uma pequena chuva de energia espiritual começa a cair sobre Botan que acorda. Em seguida, focos dessa chuva começam a cair em cima de vários escombros e de baixo desses lugares a galera vai levantando um a um. Ou seja…TODO MUNDO MORREU MESMO, MAS FORAM RESSUSCITADOS POR KOENMA! Rapaz…, já imaginou se isso dá errado…