Review Rapidinho- Dragon Quest: Dai no Daibouken (2020)

Ou, simplesmente “O remake do Fly”.

E vou fazer esse review sem muita enrolação que eu não tô dando o rabo pra escrever post gigante pra 15 pessoas lerem. Eu tenho muito cigarro solto pra vender e tirar de R$100 e um bêbado pra ficar pajeando enquanto enche a cara e se recusa a aceitar que é um alcoolatra pra ficar perdendo tempo assim!

Tô mais puto que o boneco do Fly!

Caso você seja jovem demais pra lembrar, lá por volta de 1996, junto com o primeiro Dragon Ball, o SBT exibiu um anime chamado “Fly : O Pequeno Guerreiro” , o que confundiu muita gente pois além de serem dublados pela mesma mulher (Noeli Santisteban, que eu acho MUITO MELHOR que a Úrsula Bezerra, pena que se aposentou da dublagem), ambos os protagonistas, tanto de Fly quanto de Dragon Ball, era meninos de cabelo espetado vestindo azul que andavam por um mundo diferente do nosso e que soltavam poderzinho. Obviamente foi um sucesso da porra, sua música de abertura se tornou um hino pra molecada e, inclusive, seus bonequinhos foram lançados pela Grow na nossa terrinha.

Pois bem, 400 bilhões de anos depois eis que anunciam que Fly estaria de volta em um remake! Os véio de 30 anos choraram de alegria e a galera mais jovem, fã de Hunter x Hunter, talvez ficaram sabendo do que se tratava porque provavelmente o Yoshihiro Togashi coloque o mangá em outro hiato, já que Fly nada mais é que uma aventura passada no mundo de Dragon Quest, inclusive com seu título original sendo “Dragon Quest: Dai no Daibouken (como escrito no título), que pode ser traduzido como “Dragon Quest: As Aventuras de Dai” (ou algo que o valha), já que Dai é o nome original de Fly.

O anime finalmente estreou, eu vi e eis minhas impressões.

Em primeiro lugar, eu preciso dizer que fiquei EXTREMAMENTE INCOMODADO com esse novo anime. Não, não é porque ele não é fiel a obra original ou porque mudaram a cor desse ou daquele personagem. Eu fiquei incomodado porque eu já não estou acostumando A ANIMES EXTREMAMENTE BEM ANIMADOS PARA A TV! Sério! Dragon Ball Super, Saintia Sho e tantos outros me decepcionaram tanto em termos de qualidade de animação que eu já vou assistir esperando lixo, já que é a TOEI ANIMATION QUEM ESTÁ PRODUZINDO! Foi-se o tempo em que Toei era sinonimo de alta qualidade. Hoje em dia, se a Toei anuncia algum anime, os fãs já respiram fundo e soltam um suspiro de frustração esperando uma série animada por estagiários com atrofia nas mãos. Mas o novo Fly TÁ LINDIMAISDACONTA! E, sim, eu vou chamar de “O novo Fly” e FOLODA-SE!

https://www.youtube.com/watch?v=i-8tw94Ug04

A história é basicamente a mesma do anime original de 1991, só que melhor animado, mais ágil e com alguns pontos mais resumidos e, acreditem, BEM MELHORES! Não quero dar spoilers, mas eu assisti os dois episódios, o atual e o de 1991 em seguida pra comparar, e o anime de 1991 se estende um pouco mais em certos pontos e faz o Fly demorar mais pra agir, porém é mais fiel aos acontecimentos do mangá. Nesse, não apenas a coisa corre mais rápido como existe um duelo de espadas que não está no anime de 1991 e, obviamente, nem no mangá e que é LINDO DE SE VER! Dinâmico, bem animado, com a câmera acompanhado os personagens como em bons filmes de artes marciais. Eu quase chorei enquanto assistia e cantava baixinho com voz embargada ♪♫ FLYYY, FLYYY, FLYYYYY! QUERO A PAZ QUE O INIMIGO DESTRÓI! FLYYY, FLYYY, FLYYYY! UM POUCO DE MAGO E MUITO DE HERÓI!♫♪

Como em todo anime moderno, sim, há a presença de CG. Mas ele NÃO É USADO nos personagens humanos de destaque, só em um ou outro soldadinho de fundo. O CG se concentra mais nos monstros mas funciona muito bem. Na cena inicial, vemos Fly montando em um tipo de bisonte correndo com vários monstros ao longe. É claramente tudo em CG e cel shading e eu pensei “Putz…lá vem animação bosta em CG…” mas…NÃO! A câmera passa por baixo da perna de um dos monstros e nessa transição a animação tradicional entra lindamente. Por mais animes assim!

A música de abertura, apesar de não ser nossa amada música brazuquinha ( e nem a original japonesa de 1991 que parece saída de um LP do Reginaldo Rossi), não é ruim. Mas também não é boa nem empolga! Ela só é…sei lá…genérica! O encerramento é melhor! Só espero que, caso venha pro Brasil, façam uma nova versão de nossa velha e LINDA abertura (beijo, Ken-Oh!).

Nova abertura. Bacaninha, mas sem nada de especial…
Abertura nacional de 1996 EM TODA SUA GLÓRIA E ESPLENDOR! TODOS DE PÉ PARA A EXECUÇÃO DESTE HINO!
Só pra matar a curiosidade da galera, abertura original de 1991 cantada pelo Reginaldo Rossi japonês.

O saldo desse primeiro episódio é mais que positivo! Estou impressionado e, aparentemente, a qualidade vai continuar no segundo episódio e espero que por toda a série, além de esperar que DESSA VEZ A TOEI NÃO TRETE COM NINGUÉM E ESSA PORRA ADAPTE O MANGÁ INTEIRO!

NOTA: 10