Novos Titãs – O Contrato de Judas

Apesar de sempre ouvir falar bem, nunca procurei nada dessa fase dos Titãs.

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Na verdade o meu único contato com a equipe de jovens heróis da DC foi naquela boa animação com ares de desenho japonês, aquilo ali fazia a minha alegria na hora do almoço, já que na época o desenho da Liga havia parado de ser exibido ou estava passando em um horário no qual eu não estava em casa. Esse desenho inclusive adaptou de maneira bem curta o arco alvo deste post.

O encadernado começa um pouco antes e já de maneira eletrizante, com os Titãs invadindo uma base de operações no Alasca que provavelmente está sendo usada pelos seguidores do Irmão Sangue. Líder religioso de uma seita que prega a renovação e austeridade, o Irmão Sangue é também um maníaco terrorista que alega estar vivo há séculos graças aos banhos no lago feito com o sangue dos seus inimigos. A equipe em questão é formada por Robin (Dick Grayson), Moça Maravilha, Ravena, Mutano, Kid Flash, Cyborg, Estelar e a novata Terra, irmã do herói Geoforça.

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O que a equipe não sabe é que Terra é uma agente dupla, que entro para a equipe para ser uma agente dupla a pedido do Exterminador. Slade Wilson planeja usar os dados coletados por ela para atacar cada um em seu momento de maior vulnerabilidade. Apesar do ódio que  o mercenário possui pelos Titãs, ele está sendo movido por uma obrigação profissional, já que  o mesmo pegou o contrato de entregar os heróis à organização Colméia, que antes pertencia ao seu filho e também mercenário Grant Wilson, conhecido como Devastador.

Como eu disse, nunca escutei nenhuma crítica negativa a fase dos Titãs com roteiros de Marv Wolfman e desenhos de George Perez, porém nunca procurei contato com a mesma. Uma vez, muitos anos atrás quando ainda estava começando a ler quadrinhos, encontrei um encadernado dessa  fase  sendo vendido a 70 reais em uma loja de conveniência de um posto de gasolina, e na época pagar esse valor em uma revista era um absurdo pra mim (bons tempos). O que eu estou tentando dizer é que a leitura dessa história foi pra mim uma grata surpresa.

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Wolfman desenvolve o roteiro de um modo que ele não fique nem corrido demais, nem monótono, com cada personagem tendo seu tempo na medida certa pra contribuir com o todo. Outro ponto positivo é o fato do escritor não gastar tempo demais mostrando a parte pessoal de cada um, o que numa equipe adolescente seria um saco de se ficar lendo. Quanto aos desenhos, acho que não tem muita coisa pra se falar quanto a arte de George Perez, o nome do cara não figura entre aqueles que fizeram escola e serviram de exemplo a toa.

Nos extras temos The Brave And The Bold 54, de 1964. Na história, Robin, Kid Flash e Aqualad unem forças pela primeira vez para enfrentar o Senhor Ciclone após ele ter sequestrado todos os jovens de uma cidade, ou seja, mais bobinha impossível. Essa parte do encadernado geralmente traz alguma coisa no mínimo interessante, mas dessa vez não foi assim. Enfim, esse é mais um dos bons encadernados da coleção, que infelizmente está cara demais pros padrões de compra dos leitores regulares, mesmo assim é uma leitura altamente recomendada.

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Godoka
18/01/2017