Mês da Guerra – Os Doze Condenados

“Todo mundo está escorregando no sabonete.”

Uma coisa em comum de vários desses filmes, noto agora, é o elenco, normalmente contando com um ou mais atores casca grossa.

A trama não é muito original, exceto pelo fato de que aqui ainda era original. Foi inclusive um dos primeiros filmes de missões tipo “Comando” que ficaram populares depois.

 

“Nós somos o Esquadrão Suicida original!”

 

Durante a Segunda Guerra vai haver uma grande reunião do alto comando militar nazista e os Aliados ficam sabendo disso. A ideia então é eliminar tantos quantos forem possivel causando assim um grande problema para a cadeia de comando alemã. Mas como fazer isso, numa missão que é ainda mais suicida do que o padrão normal de missões suicidas?

Simples, Escolhendo doze soldados que foram condenados a pesadas penas, coisas variando entre vinte anos de trabalhos pesados à enforcamento.

Só gente finissima.

 

 

Cabe ao major Reisman, um cara que também não é muito apreciado pelos seus superiores, treinar essas belezas e liderar o ataque. Se sobreviverem, estão livres.

O filme meio que se divide em dois. A maior parte é a organização e o treinamento e ali é praticamente uma comédia. Depois há o ataque e ali as coisas ficam sérias.

O filme todo é ficção, como era de esperar, mas a premissa em si tem um certo fundo de verdade. Os militares ocasionalmente já tiraram soldados da detenção por necessidade de uma missão. O que não ocorre é serem tirados do Corredor da Morte. Se o cara está ali, normalmente não é porque roubava batatas no refeitório.

Com personagens que são em sua maioria quase sociopatas, ainda bem que o elenco segura a barra. Na parte do treinamento por exemplo. Sim, é levado quase como uma comédia, mas é só ver como os Doze não gostam do major e nem são muito fãs uns dos outros, para notar que a risadaria é para encobrir os problemas.

 

 

Se você pensar que o personagem que mais parece maligno não é um dos nazistas, isso diz muito sobre a coisa toda.

Se bem que, as contrapartes reais dos Doze, como os paraquedistas americanos The Filthy Thirteen também não eram um coral de igreja. E os alemães da brigada Dirlewanger eram tão barra pesada que a porra das SS ficaram horrorizadas e debandaram a cambada.

A trilha sonora entretanto não é lá aquilo tudo, assim como algumas das partes do final, mas nada que comprometa muito.

Ao contrário de vários desses filmes do Mês, Os Doze Condenados gerou duas continuações, as quais, dizem, não serem nem de longe tão memoráveis quanto o original.

Aqueles tempos que os filmes não eram planejados para serem trilogias e tinham que ser bons por si sós. E talvez por isso, as sequencias geralmente eram ruins.