Mês da Guerra – Agonia e Glória – (The big red one)

Um Vermelhão

O filme acompanha a historia de um sargento, cujo nome nunca é revelado, da Primeira Companhia da Primeira Divisão do Exercito Americano, cujo símbolo é justamente um numero 1 vermelho.

Na Primeira Guerra esse sargento inadvertidamente mata um soldado alemão após o anuncio da capitulação alemã (ele estava atrás das linhas inimigas e sem comunicação) e agora na 2 Guerra ele está no comando de um pelotão novamente.

 

 

Duas coisas me saltaram logo aos olhos. O fato do já enrugado Lee Marvin interpretar o mesmo cara nas duas guerras, ou seja, com a mesma aparência num intervalo de mais de 20 anos, e o fato da direção do filme ser tão instável, com cenas pulando loucamente de uma para outra.

Outra coisa é que me pareceu uma produção com um orçamento menor do que a média dos filmes desse mês e isso fica claro nas cenas de combate, com uns poucos tanques, extras e detalhes, como aquase total ausência de navios no mar durante a cena do Dia D.

Os diálogos no entanto,são muito bons, então essa discrepância da qualidade dos diálogos e da direção fica muito aparente durante o filme. Ou na verdade, a edição pode ter sido o problema.

Pelo que soube depois, o filme foi muito mexido por executivos do estúdio e apenas depois da morte do diretor, Samuel Fuller, sua viúva e um historiador conseguiram lançar a versão do Diretor, Reconstruction, com mais de 40 minutos de cenas melhorando a historia e outros detalhes. Mas como vi esse filme num VHS do meu tio, não é a versão que estou resenhando. Que fique claro.

 

 

No entanto uma coisa não se pode dizer, que seria falta de acuidade histórica aqui. Isso porque Samuel Fuller serviu na Primeira Divisão de Infantaria e participou de muitos dos eventos retratados no filme. Lee Marvin também combateu na guerra, mas no Pacifico e a cena onde o sargento foi baleado nas costas aconteceu com o próprio Marvin durante a guerra.

O elenco conta além do veterano Lee Marvin, com Robert Carradine e Luke Skywalker.

Esse até agora foi o mais fraco dos filmes que estou resenhando, não ruim em absoluto mas passável. Talvez a edição completa seja melhor, mas essa aqui não fará falta na vida de ninguém.

 

O jogo também não, apesar de ser muito bom. E não ter relação alguma com o filme.