Mês da animação de ação – GI Joe- Comandos em Ação

Yo Joe!

Esse foi um grande sucesso em vender os bonequinhos, porque a bem da verdade, eram muito bons.

GI Joe é uma marca bastante antiga na verdade,  datando dos anos 60 e teve muitas versões, tanto nos bonecos quando em animações, filmes e gibis, mas quando a marca que ficou, que praticamente virou sinônimo da franquia é o desenho dos anos 80.

 

G.I. Joe é o codinome de uma força de combate militar composta por membros de elite do exército, força área, marinha, fuzileiros e guarda costeira. Sua missão é deter a organização terrorista Cobra, cujo objetivo é conquistar o mundo.

É verdade que a Cobra é tremendamente calcada na Hydra da Marvel, mas é muito superior em vários aspectos:

Seus integrantes eram marcantes. Comandante Cobra, Zartan, Destro, a Baronesa…..ahh… Baronesa… uma morena de óculos e roupa de couro….

 

 

Do lado da Hydra, Barão Strucker e…. a Vibora, acho.

E o simbolo da Cobra é muito mais legal.

 

O maior e principal problema é que as historias quase que inevitavelmente seguiam a mesma formula, com os Joes reagindo a alguma ação da Cobra, como a criação de uma nova arma ou algo do tipo gerando uma mesmisse das historias. Um desenho formuláico não precisa ser necessariamente ruim. Phineas e Ferb é um exemplo bom disso. Mas isso não funciona aqui no entanto. Mas há um limite para quantas maquinas de controle da mente podem ser criadas até a coisa começar a encher.

Essa mesmisse no entanto acobertava umas maluquices, comuns a desenhos dessa época. Então se poderia esperar que em certo momento alguem encontrasse Excalibur ou que repentinamente houvesse uma luta contra seres criados por deuses antigos. Mas por outro lado, houveram ocasiões com Lady Jaye e a Baronesa brigando de biquini. Então acho é é ok.

 

Droga Comandante! Não fuja agora! A ação está ali!

Isso causa para o Comandante Cobra uma fama de incopetencia lendária entre vilões de ficção. E é merecida na maior parte do tempo, já que uma grande quantidade de derrotas da Cobra é devido a ações do Comandante, guiadas por seu ego na maioria das vezes.

Mesmo com um elenco tão grande, ou até por causa dele, não são muitos personagens que conseguem se destacar como Snake Eyes, Duke e Scarlet, tem algum desenvolvimento, outros muito menos e dependem de suas aparencias e traços marcantes de personalidade para serem lembrados, como Gung Ho, Wild Bill ou Espirito.

Os diálogos mal escritos podem ser responsáveis por isso, principalmente quando lembramos do ótimo run de Larry Hama na versão em quadrinhos, por uns dez anos. E falando nisso, quem deu uma melhorada nos textos foi outro cara dos quadrinhos, Gerry Conway e sua esposa Carla.

Por sinal, havia, e há ainda, esse costume de lançar Joes com pessoas reais, como o próprio Sargento Slaughter.

 

Sgt Slaughter enfrentou o Comandante Cobra E Hulk Hogan. Um verdadeiro herói.

E embora pessoas pouco inteligentes possam criticar coisas como o aspecto violento, imperialismo americano ou outras cretinices, não podem negar a diversidade do elenco, que segundo veteranos, reflete a diversidade racial e de sexo, principalmente no exercito. Com vantagens para o desenho, já que Scarlet, Lady Jaye e Cover Girl ficam nas linhas de frente, algo que ainda estava sendo discutido no exercito daquela época.

 

 

A animação é dividida em vários estudios, então a qualidade varia muito, em especial nas cenas de ação. E para um desenho com essa premissa, digamos que é ruim.

Na parte sonora não chega a ser ruim, com umas boas musiquinhas. E depois de ver a abertura até o maior comuna passa a sangrar vermelho, azul e branco.

 

Uma coisa interessante da primeira abertura é que menciona como adversarios dos Joes “Cobra and Destro”. O cabeça de cromo não era membro da Cobra, mas um fornecedor de armas independente. Isso mudou depois.

Tinha aquela coisa educacional quase inevitável, mas era meio estranho, já que raramente tinha a ver com o desenho, era mais como um tipo de serviço de utilidade publica.

 

Uma das razões que, na época, me fez parar de assistir e mesmo comprar os bonecos, foi o progressivo afastamento dos equipamentos dos Joes dos modelos reais de armamentos e uniformes. Tá certo que sempre atiraram lasers e os pilotos sempre
tinham tempo de ejetar, mas eram mais interessantes para mim que os Joes usassem coisas reais. O equipamento da Cobra não me incomodava assim e eu até preferia que parecessem “do futuro”.

 

Obrigado designers da Hasbro. Esse lindo veiculo não flutua.

Não envelheceu graciosamente, mas não se tornou abominável também. Só que assistido em maratona tende a destacar mais seus pontos negativos.

Mas quer saber? Dada a melhora posterior e até o fator diversão, GI Joe passa pelo teste. Agora você sabe, e saber é metade da batalha.