Mês da animação de ação – Bravestarr

Nunca me ouvirão imitando o cavalo. Apenas o Bob Esponja.


A essa altura do campeonato, já notei uma coisa, os campeões da animação americana dos anos 80 eram a francesa DiC e a estadunidense Filmation. E quem falar “estadunidence” na minha frente arrisca a levar um telefone na orelha.

Mas enfim.

Bravestarr é da Filmation e deveria ser laudado atualmente pelo pessoal preocupado com a vida alheia, já que é um herói inclusivo, um nativo-americano, feito numa época em que pouco importava esse detalhe.

 

Claro que esse pessoal prefere dizer que ele reforça esteriótipos negativos, ao invés de focar no que importa, o cara ser um xerife espacial fodão que usa super poderes e um cavalo antropomórfico beligerante contra um cowboy zumbi mágico.

Caralho…

Como podem notar, o conceito é do caralho. A execução, nem tanto.

Num futuro distante, o planeta Novo Texas é assolado por criminosos que oprimem os colonos e os nativos, um tipo de hobbit sequelado. O governo então manda um único cara para cuidar disso, já que é um sujeito que realmente pode fazer isso, usando os poderes do falcão (enxergar longe), do lobo (audição ampliada) do puma (supervelocidade. Sim, isso deveria ser a cheeta, mas não haviam cheetas no meio oeste americano) e do urso (superforça, dormir durante meses).

https://www.youtube.com/watch?v=TzvWsyq0EgQ

 

Auxiliando ele está seu melhor amigo e montaria, Furacão, que pode virar um cavalo ciborque ou um furry imenso, e carrega um canhão chamado por aqui de Trabuco (lá fora é Sarah Jane) e é uma versão lança raios da Winchester calibre .30 e também a juíza J. B. McBride que além de outras qualidades, é ruiva.

 

 

Como de praxe nas animações da Filmation, e isso é uma das marcas registradas da empresa, os visuais são muito bonitos, detalhados e bem feitos. A animação está muito mais fluida do que
na época de He-man e She-ra, fruto, talvez, de avanços na rotoscopia.

Apesar de não ser ruim, não consegue deixar de ser bobo e realmente infantil, se comparado com outros da época.
Só que tem uma coisa. Esses desenhos da Filmation, pela própria proposta deles, ou seja terem um fundo educativo, as vezes abordam uns temas mais pesados e acabam abordando de forma que você não espera muito de um cartoon do tipo. Quer dizer, o guri que você vai acompanhando durante o episodio “O Preço”, acaba morrendo.

 

 

Mas o que acontece é que os personagens não são grande coisa, o que é um grave problema, já que as tramas são deliberadamente simples.

Acaba por não ser um desenho chato, mas não é bom o bastante para estimular uma maratonada. Um ou dois episódios, talvez
para matar a curiosidade, ou a saudade, são mais que o suficiente.