Kiss – Alive!

Se a proposta é falar sobre discos ao vivo, esse aqui não pode faltar.

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E como de praxe, também não pode faltar aquela contextualizada:

Em 1975 o Kiss estava na merda. Após lançar 3 discos em um período de pouco mais de um ano e que foram uns belos de uns fracassos de venda apesar da qualidade das composições, a corda já estava apertando o pescoço dos nova-iorquinos. Atentos aos comentários de que a banda era incrível em suas apresentações ao vivo, os executivos da Casablanca sugerem a gravação de um disco ao vivo. Para isso são gravadas as apresentações da banda no Detroit Cobo Hall e no mesmo ano do lançamento de Dressed to Kill sai o registro ao vivo Alive!, um disco duplo contendo 16 faixas ao todo.

Seguinte, antes que a história evolua, é bom esclarecer algumas coisas sobre discos ao vivo. A primeira é que naquela época um disco ao vivo era geralmente lançado como o canto do cisne de uma banda, somente bandas que estavam encerrando as atividades lançavam discos gravados ao vivo, e outra coisa a se falar são os overdubs. Overdub geralmente é uma manobra feita para se corrigir certos “defeitos” que ocorrem durante uma apresentação ao vivo, como notas erradas, som abafado de algum instrumento, desafinamentos, microfonia e coisas do gênero. Só que o problema é que muitas vezes um disco ao vivo pode conter tantos overdubs que sua importância ou qualidade de ser ao vivo pode se perder. Sim, existem overdubs nesse disco, em alguns solos  de guitarra e na plateia, que teve o volume aumentado.

Voltando para a história, o que se viu após do lançamento de Alive! foi um choque. Com 500.000 cópias vendidas apenas na primeira semana de lançamento, o disco elevou a popularidade da banda para a estratosfera. E não foi apenas este disco que vendeu, os álbuns anteriores começaram a vender cada vez mais e mais, impulsionados por este. O resto é história.

E por que esse disco me marcou? Simples, eu sou fã de Kiss, era fanático pela banda quando mais novo, e esse disco na minha opinião é a prova máxima do que é a banda. Apesar de uma correção em estúdio aqui e ali, esse disco é extremamente forte, e extremamente rock n’ roll. Letras simples, grandes solos e toneladas de diversão. O Kiss é uma banda de apresentações ao vivo, toda música de estúdio deles ganha vida quando executada ao vivo, e sinceramente, eu tive a oportunidade de ver um show dos caras e é arrepiante. O público cantando, a empolgação da banda, a pirotecnia e outros truques, nada deve chegar perto disso. E foi justamente na turnê de 35 anos do lançamento  de Alive!, então o disco foi tocado quase na íntegra (deixaram Firehouse de fora, uma pena).

Alguma favorita? Sim, C’mon And Love Me, Firehouse, Hotter Than Hell e Let Me Go Rock n’ Roll, exatamente nessa ordem. Se você não conhece eu sugiro que procure, se você não ouve faz tempo eu sugiro que corrija isso o mais breve possível e se você não gosta eu não tô nem aí, a festa continua mesmo assim!

Kiss Rock Group