Iron Maiden – Killers

Alguém vai ficar bolado com esse post.

iron maiden killers cover

Todo mundo que curte metal já ouviu Iron Maiden pelo menos uma vez na vida, isso é fato. O Iron ajudou a popularizar o metal nos anos 80, e hoje continua sendo uma das mais famosas e influentes bandas do estilo, mesmo que seus últimos CDs sejam longos e chatos pra cacete.

Porém em 1981 a história era diferente, após a boa recepção de seu disco de estreia homônimo em 1980, o Maiden estava pronto pro segundo round. Os shows aumentavam cada vez mais em quantidade e público, o sucesso batia na porta dos então jovens ingleses. Para não repetir a produção sofrível de seu primeiro disco (uma das mixagens mais porcas que eu já ouvi), o renomado produtor Martin Birch (que já havia trabalhado com Deep Purple no magistral Machine Head) foi contratado para assumir a responsabilidade de mixar o disco.

Além disso o próprio Maiden sofreu uma alteração em suas fileiras, sai o guitarrista Dennis Stratton e entra Adrian Smith no lugar, formando a clássica dupla de guitarras do Maiden ( foda-se Janick Gers). Além dos dois a banda contava com Paul Di’Anno nos vocais, Clive Burr na bateria e o líder e baixista da banda Steve Harris.

E o que se encontra nesse disco é uma série de músicas rápidas e pesadas, algumas inclusive se tornaram clássicas e ainda são figurinhas carimbadas nas apresentações de banda, como a música que dá título ao álbum e Wrathchild. Como já citado anteriormente, a banda ganhou uma sonoridade mais marcante com a entrada de Smith.

Outro ponto que me agrada muito nesse disco é a bateria. Fãs de Nicko McBrain que me perdoem, o cara é foda e tudo mais, só que Clive Burr não deixa por menos. Se não acreditam é só escutarem Gengis Khan ou Murders In The Rue Morgue pra tirarem suas próprias conclusões.

A produção também merece um parágrafo à parte. Uma sonoridade limpa, valorizando cada instrumento e vocal em seu devido momento. Como já era de se esperar, o baixo bem evidenciado sem saltar a frente dos demais instrumentos se faz presente, sendo isso uma das características do Maiden que mais me agradam. A introdução no baixo de Killers é fantástica.

Um das coisas que mais me agrada nesse disco, e provavelmente a maior fonte de discórdia, é o vocal. Eu curto o Bruce Dickinson, tanto a fase dele no Maiden quanto a excelente carreira solo dele (que merecia um pouco mais de atenção), mas Paul Di’Anno tá arrebentando nesse disco. A banda com o Di’Anno era completamente diferente do Maiden com o Dickinson, menos rebuscada e mais agressiva. Ainda dá pra ouvir isso no The Number of The Beast (outro clássico absoluto), mas depois a sonoridade da banda mudou pro que hoje.

E pra finalizar o post que ficou maior do que eu esperava, a capa. Eu considero Killers como a primeira aparição do Eddie nas capas da banda. A capa do primeiro disco era uma ilustração feita pelo grande Derek Riggs e que a banda acabou gostando, mas a primeira aparição do mascote mais famoso do metal em algo que não fossem os singles foi na capa de Killers.

Bem, é isso. Pra mim esse é um dos melhores discos do Maiden e o meu favorito junto com The Number Of The Beast. E, gostando ou não, Paul Di’Anno faz parte da história da banda e ponto. Agora vamos ver o que diz um dos membros do site. Pode ser que ele não diga nada, vai que ele não queira dar moral.

Portrait Of Iron Maiden