Gen 13 Mangá – Grunge:O Filme

Retardinho do bem!

No meu post anterior eu falei do “mangá” dos Titãs escrito e desenhando pelo Adam Warren. Caso você não tenha lido, em resumo eu disse que o Adam Warren tinha o traço e a narrativa que é puro mangá mas um roteiro que era puro lixo, mas a ruindade do roteiro já era esperada. Com essa primeira experiência vivida, fui ler o segundo título que “importei” do Adam Warren e que foi lançado no Brasil, que foi Gen 13 Mangá- Grunge: O Filme, que nos EUA é sabiamente chamado de “Gen 13 Bootleg”, título mais acertado possível já que bootleg é o termo em inglês usado para denominar cópias, e o “mangá” que o Adam Warre faz nada mais é que uma cópia do mangá em sua concepção original 100% japonesa (e com personagens que não tem interações humanas como seres humanos normais, sobretudo se for um mangá do Hiroya Oku…).

Como já disse, depois de Titãs Mangá já fui esperando o pior! Mas, pra minha surpresa… o mangá do Gen 13 (não vou ficar repetindo Gen 13 Mangá- Grunge: O Filme que é um título grande e chato pra porra) É MUITO DIVERTIDO!

Olha, sendo bem honesto,eu não conheço PORRA NENHUMA de Gen 13! Não conheço a história, não sei o nome dos personagens, não sei quem são os vilões…só sei que foram criados pelo J. Scott Campbell e pelo Jim Lee e que parecem só mais um título de mutantes da Marvel que só pelo Jim Lee não estar mais na Marvel, não se chamou Gen-X. Isto posto, posso dizer que essa foi minha primeira experiência com os personagens do grupo…e certamente será uma das ultimas, pois fui dar uma olhada por alto na série principal e…não, obrigado! FEDE a Image dos anos 90. E eu disse “será UMA DAS ULTIMAS” porque encontrei outro “mangá” do grupo escrito e desenhado pelo Adam Warren que também lerei.

Sim,é uma paródia ao gênero maho shojo (garotas mágicas) que resenharei em breve.

Como eu disse, Gen 13 FEDE a Image dos anos 90 e Gen 13 Mangá é maravilhoso justamente por fugir das histórias clichezentas e mais do mesmo dessa época. O plot é simplesmente o Grunge contando pra sua colega de equipe, Roxy (codinome Queda Livre) como faria um filme de ação aos moldes dos filmes chineses em Hollywood após ambos saírem de um festival de filmes de Kung Fu. O resto da trama ser resume a Grunge misturando clichês de filmes de kung fu dos anos 70 (incluindo as legendas mal traduzidas nos EUA), filmes do John Woo dos anos 80 e filmes de ação americanos cheios de mulheres com pouca roupa e um protagonista bad ass motherfucker. Tudo isso usando outros personagens da Image como capangas do vilão principal e morrendo das maneiras mais violentas, absurdas e hilárias possíveis. Ou seja, prepare-se para ver Wildcats, Youngblood, Deathblow e tantos outros baterem as botas. Bem que essa história poderia servir pra fechar a linha de super-heróis da Image…

Se o traço e a narrativa do Warren era a única coisa da qual não se podia reclamar em Titãs Mangá, aqui ambos se destacam mais ainda. Como a história é cheia de ação e cenas de tiroteio e Kung Fu, Adam Warren deixa a ação comer solta em paralelo a comédia e,quando você sedá conta, está se lamentando pela história estar chegando a seu final. Depois disso você fica se perguntando porque não entregaram logo o título regular pro Warren de vez. E, de fato…entregaram! Só que o sujeito ficou unicamente no papel de escritor e capista e as histórias não podiam seguir essa linha absurda. Mas dizem que a entrada do sujeito deu uma levantada no título que tava um cabaré só na época.

As coreografias das lutas são muito boas.
Com destaque pra o “Chefão Final” usando pistas de Hot Wheels para derrotar as heroínas.

Lançado nos EUA em 3 partes, no Brasil a Mythos optou pelo mesmo formato mas, algum tempo depois, encadernou as 3 edições ( O que, na Mythos, aparentemente se resumia a tirar as capas dos encalhes e meter uma capa cartão por cima de todas as edições coladas) e ambas as versões podem ser encontradas facilmente a venda internet afora por preços bem baixos. E podem ser encontradas em ambas as versões para a…AHEM…”importação” também.

Capa nada apelativa da versão encadernada da Mythos. Nem pra usar uma arte de capa original, meteram uma cena do quadrinho na frente de outra cena do quadrinho como plano de fundo…

Bem, postzinho curto, afinal a história é divertida mas não tem camadas complexas, mensagens edificantes nem nada do tipo. É só, como eu falei no inicio do post, um retardinho do bem! Diverte DEMAIS num dia de tédio. Então vá atrás! Mal não vai fazer, garanto!

Nota: 8,5