Coisas que irritam no cinema!

Todo mundo pra trás porque eu vou começar a reclamar!

Hoje, dia 17 de setembro de 2018, fui ao cinema com a senhora Hellbolha. Sim, é uma segunda-feira (apesar de você não estar lendo isso neste exato dia) e, sim, é o dia de promoção. Muita gente pode protestar com um “Ah, mas ir em dia de promoção é pedir pra passar raiva! Foi por que quis!” ao que responderei com duas observações: 1- Era o único dia de folga que a senhora Hellbolha tinha do trabalho e 2- SE TE INCOMODA TANTO EU SER POBRE, ME DÁ DINHEIRO PRA EU PAGAR 50 CONTO EM DUAS INTEIRAS, PORRA!

Mas, enfim, esse não é o foco desse post. O foco é que fomos assistir A Freira, mais um enlatado do James Wan que a senhora Hellbolha ADORA e eu só vou ao cinema ver por ela e isso me faz bem. Um bônus é ver a reação das pessoas aos inúmeros jump scares que os filme do “Wanverso” tem, o que acaba sendo bem engraçado. No entanto, tem dias bons, tem dias não tão bons…e teve hoje, que o inferno na terra se instaurou. E foi exatamente por isso que resolvi despejar de uma vez todas as coisas que me irritam quando vou ao cinema. Comecemos:

1- O Farol

Sempre tem alguém que chega atrasado para ver o filme, isso é normal, já aconteceu comugo algumas veze, inclusive. E achar a sua cadeira no escuro é realmente uma tarefa complicada. No meu caso, eu espero a tela do cinema clarear o corredor até encontrar minha fileira. Algumas pessoas acendem a tela do celular ou ligam a lanterna do aparelho. Isso não seria um problema se fosse algo rápido. Mas existem algumas pessoas que parecem sofrer de um tipo crônico de cegueira e passam uns cinco malditos minutos com a porcaria da lanterna sentada até sentar o rabo fedorento na cadeira. Isso quando não parecem ter tido uma convulsão no meio do corredor e ficam apintando a porcaria da lanterna POR TODA A FODENDO SALA, PARECENDO UM FAROL MANDANDO POR SATANÁS À TERRA!

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2- O Curioso

O filme é um lançamento, ninguém o viu ainda. Aí começa a primeira cena e mostra um mistério que, obviamente será resolvido no desenrolar da trama. As vezes o tal mistério é o plot principal do filme! Ainda assim, você sempre vai ouvi a voz de alguém perguntando pra pessoa que está ao seu lado “Oxi…por que ele fez isso?” ou “Oxi…por que aconteceu isso, hein?”. Sinto informar que a senhora Hellbolha é uma dessas pessoas…

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3- O Áudio-Descritor

Sempre tem aquele sujeito que parece sentir um prazer quase orgástico de dizer exatamente o que a gente está vendo na telona. É quase um Crhis Claremont! O personagem está caminhando em um beco escuro e a pessoa vira pra que está ao seu lado e diz “Ó ele andando no beco escuro, ó!” aí aparece um fantasma e ele diz “Ó aí! Apareceu o fantasma!” como se ele, em um estranho ato de bondade, tivesse resolvido levar um deficiente visual ao cinema.

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4- O Vidente

As vezes os próprios áudio-descritores acumulam essa função. São aquelas pessoas que veem o personagem em uma cena extremamente clichê, como abrindo o armário de remédios do banheiro e você sabe que quando ele fechar, vai ter um fantasma aparecendo no espelho. Mas o vidente acredita ter miraculosos poderes e faz questão de demonstrá-los, sempre avisando minutos antes , dizendo coisas como “Ó…vai parece um fantasma no reflexo do espelho, ó! Agora não…quando ele fechar! Quer ver? Tua vai ver se não vai aparecer um fantasma no reflexo! Vai, tô dizendo! Vai que eu se..Ó AÍ! Não falei!?”.

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5- O Corajoso

Sempre tem aquela pessoa que, caso seja um filme de terror (como foi o caso de A Freira), parece sentir uma necessidade imensa de afirmar sua coragem quando está justamente sentido o oposto. Admitir medo é uma fraqueza que esta pessoa não está disposta a demonstrar. Por isso, enquanto o filme rola, após uma cena de terror pesada entupida de jump scares que fez o cinema inteiro dar pulinhos e gritinhos na cadeira, aquela voz surge ao fundo dizendo coisas como “Tsc…eu não vi nada de mais até agora…” e repete esse mantra a cada nova cena de terror. No meu caso foi curioso, pois havia um grupo de garotas atrás de mim e uma delas estava proferindo isso durante todo o filme com um desdém pesado em sua voz. Até que uma de suas amigas disse “Ah, é? E por que tu tá grudada em mim?”  ao que ela respondeu, meio sem jeito “Ah…é que…eu tô com frio” sendo que estava um calor filho da puta dentro da sala e afirmo isso com tranquilidade pois a senhora Hellbolha não pode sentir uma brisa matutina que já diz que está se sentindo a mãe do Hyoga no fundo do mar, e ela estava com calor.

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6- O Comediante

Sempre, sempre, SEMPRE vai ter um babaca em um grupo que adore dar gritinhos, fazer piadinhas falando alto e querendo aparecer mais que o filme. As vezes as pessoas até embarcam nas duas ou três primeiras piadinhas, mas depois disso já fica chato e a vontade que você tem é de dar um murro tão forte na boca desse sujeito pra afundar os dentes dele de modo tal que, a partir dali, ele vá sorrir pelo cu para sempre.

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7- Adolescentes

A maioria dos pontos até aqui podem ser facilmente aplicados a adolescentes que vão ao cinema em bandos. Grande parte dos adolescentes parece sentir uma necessidade quase inexplicável por atenção. Para tal, eles sentem quase que instintivamente, a necessidade de serem inconvenientes, barulhentos e chatos para um senhor caralho. Tive a “sorte” de ter um grupo de uns 10 adolescentes da pior estirpe na minha sessão e teve uma hora que eles só sossegaram depois de ouvirem um “SHHHH” coletivo e perceberem que o próximo passo seria um linchamento também coletivo. Na saída do cinema ainda tive o desprazer de passar alguns minutos em um local próximo a eles e ver seus peculiares jogos de sedução, que consistiam em agredir fisicamente meninas de seu próprio grupo afim de chamar a atenção delas para sua sensualidade ímpar, e o relacionamento entre os membros do sexo masculino afim de provar sua virilidade, que consistia em se agredirem mutuamente em um tipo de jogo imbecil. Sério…foi deprimente…

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8- O Referenciador

Quando um filme pertence a uma franquia, sobretudo de super-heróis, sempre tem aquela pessoa que leva alguém pra ver o filme e a cada maldita cena fica falando “Olha, isso aí é referencia ao que aconteceu naquele filme lá, tá vendo?” ou “Esse personagem apareceu pela primeira vez no quadrinho tal e ele era roxo ao invés de amarelo” ou “Ah, mas isso tá diferente do livro! No livro ele era um ninja perneta com uma katana no lugar da perna” e por aí vai. Isso uma vez ou outra é aceitável. Isso POR DUAS HORAS SEGUIDAS é garantia de duas coisas: 1- Essa pessoas sabe coisas inúteis demais em um nível perigoso pra própria saúde mental e 2- Essa pessoa certamente nunca vai ter outro encontro com a pessoa pra quem ele está falando este monte de merda.

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9- O Esfomeado

Comer assistindo um filme é comum. Todo mundo leva uma pipoca, um refrigerante e, as vezes, no caso do Zweist, um almoço inteiro. No entanto, tem pessoas que parecem comprar o exclusivo salgadinho que vem na bolsa do gato Félix! Sim, porque abrem o saco barulhento no inicio do filme e, no fim, ainda estão se alimentado deste salgadinho perpétuo e misterioso. Eu me sinto compelido a acreditar que a pessoa está tão entretida com o filme que não percebeu que seu salgadinho acabou e, ainda assim, continua arranhado o fundo do saco, arrancando o papel metalizado interno com as unhas e o comendo enquanto pensa “hmmm…o sabor desse salgadinho mudou de repente…mas eu vejo isso depois que esse filme acabar! Que filme bom da porra!”.

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10- O incrédulo

Isso aconteceu da segunda vez que fui assistir ao primeiro filme do Deadpool. Assim que começaram os créditos iniciais a menina que estava do meu lado, uma adolescente franzina que estava com a mãe, me larga um “Nossa! Que filme mentiroso!”. Uma vontade profunda de olhar no fundo dos olhos dela e dizer “Eita, moça! Acho que você entrou na sala errada! O documentário do Dischovey é na sala ao lado!” brotou do amago de meu pâncreas. PORRA, VELHO! Como diabos você vai ao cinema pra assistir um filme baseado em uma HQ e ainda espera verossimilhança? Tem que ser muito retardada! Bem, como eu disse, era uma adolescente, então tá meio que explicado…

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11- Pais Burros

Classificação indicativa serve única e exclusivamente pra alertar pessoas com pelo menos um neurônio funcional qual a faixa etária pra qual o filme é destinado. Ainda assim, o universo é misterioso e, as vezes, algumas amebas acéfalas se reproduzem. O resultado? Pais e mães que parecem não saber ler e levam crianças de 4, 5 ou 6 anos para ver filmes como Deadpool por ser “de super-herói”, ou Ted por ter “um bichinho fofinho como protagonista” ou Festa da Salsicha por se “desenho animado”. E NEM PRECISA SABER LER! As classificações indicativas estão escritas dentro de caixinhas coloridas pra, através das cores, gente preguiçosa que não suporta ler mais que uma letra, saiba identificar algo tão básico!  No meu caso, vi uma mulher entrando na mesma sala do primeiro Deadpool  anteriormente citada, segurando seu filhinho de uns 5 anos pela mão. Um dia ela vai levar o carrinho de super-mercado para casa e deixar o menino no mercado…

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E esses são todos os tipos de pessoas inconveniente que consigo lembrar por agora. Sei que existem bem mais e vou pedir para que vocês dividam conosco todos os tipos que mais lhe incomodam nos comentários. Vou ficando por aqui, mas já larga um like no vídeo que, assim, você está ajudando o canal a crescer! Não, pera…